Às avessas

Agüero proporcionou uma das cenas mais marcantes de 2012

Desde que foi comprado pelo sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, a rotina do Manchester City é ir à forra e gastar pra valer. Segundo o site “Transfermarkt”, o clube inglês gastou 94 milhões de euros em 2011/12, 182 milhões em 2010/11, 147 milhões em 2009/10 e 157 milhões de euros em 2008/09, totalizando quase 600 milhões em quatro anos.

Se na última temporada o dinheiro investido já havia sido mais “modesto”, comparado com valores de temporadas passadas, você nem imagina o quanto que o City gastou para a edição 2012/13 da Barclays Premier League. Os campeões ingleses gastaram apenas 15 milhões de euros e em apenas um jogador, Jack Rodwell.

Caiu a ficha do sheik Mansour e de todos no Manchester City de que “gastar por gastar” não adianta muita coisa. O clube fará barulho, chamará a atenção da mídia e dos torcedores, mas criará uma pressão monstruosa sobre todos que participam deste projeto. Gastando com inteligência e com precisão cirúrgica, tudo pode dar certo.

Afinal de contas, o Manchester City foi campeão inglês, não havia muito para o que mexer. A não ser que Mansour queira, desesperadamente e a qualquer custo, vencer a UEFA Champions League, fazendo com que não meça esforços para chegar a tal objetivo. O título ele quer – quem não quer? -, mas tentando seguir a linha de raciocínio traçada na última temporada.

De que adianta a vinda de Rodwell? Simples! Yaya Touré, peça importantíssima da conquista nacional jogando como meia-armador, teve de jogar várias vezes como volante – sua posição original – para qualificar a saída de bola, que é uma pequena deficiência de Gareth Barry e Nigel De Jong. Rodwell atua nessa faixa central, fazendo o que os ingleses costumam chamar de “box-to-box”, com isso, Touré pode ser efetivado como um meia-ofensivo.

Mesmo com um único reforço, o Manchester City segue muito forte, já que não perdeu ninguém importante e mantém a espinha-dorsal, formada por Joe Hart, Vincent Kompany, Yaya Touré, David Silva e Agüero.

Além disso, o argentino Carlos Tévez tem se redimido de seus atos indisciplinares no passado e tem conquistado a confiança de Roberto Mancini. O treinador italiano já chegou a afirmar que “se tiver vontade de jogar, Tévez é um dos melhores”.

Com esses acréscimos todos, os adversários é que passaram a abrir o bolso para tentar desbancar o City. Até mesmo o vizinho United decidiu mexer-se da cadeira para contratar. Às vésperas do início da Premier League, os Red Devils investiram 30 milhões de euros em Robin van Persie, principal jogador do Arsenal. O holandês se juntará ao também recém chegado Shinji Kagawa, destaque do Borussia Dortmund.

O problema para Alex Ferguson será encaixar essa dupla com Wayne Rooney. No esquema que Fergie costuma utilizar, só caberiam dois deles, no caso, um homem de área e um segundo atacante. Fica a dúvida se o escocês colocará Kagawa como winger ou box-to-box, já que os atacantes deverão ser Rooney e van Persie.

Eden Hazard irá se aventurar em Londres

O time que mais fez apostas interessantes na hora de gastar sua grana foi o Chelsea. Os campeões europeus decidiram reforçar o setor que passava por maior instabilidade: a armação. Caracterizada como uma equipe veloz e de contra-ataque, Roman Abramovich decidiu investir em atletas dotados de maior técnica, como Oscar e Eden Hazard, ambos contratados por mais de 30 milhões de euros.

Mesmo com esses reforços vindo a peso de ouro, a maior esperança dos londrinos está depositada em Fernando “Niño” Torres. O espanhol, contratado por quase 60 milhões de euros em 2011, ainda não decolou em Stamford Bridge e com a saída de Didier Drogba, a diretoria decidiu fazer valer toda a grana investida e dar um voto de confiança a Torres.

Acredito que esse trio deverá brigar pelo título inglês. Foram os que mais investiram nas últimas temporadas e os que possuem elencos mais fortes e competitivos. Chegam forte não só para a Premier League, como para a UEFA Champions League.

A Premier League continuará com seu alto nível. Nos últimos anos, a edição que está para começar é a que tem os favoritos em maior força. O City tem a base campeã, o United se reforçou com o artilheiro da última temporada e o Chelsea trouxe dois brilhantes atletas da nova geração mundial.

É certeza de grandes jogos e emoção até o último minuto!

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