
Carvajal se destacou no Leverkusen e o Real Madrid o recontratou
(Foto: Bayer04.de)
Vice-campeã da Copa das Confederações, a Espanha retorna para a Europa com uma certeza: é necessário encontrar um lateral-direito de confiança. Álvaro Arbeloa, titular durante a competição, foi peça nula no ataque – algo que todos têm conhecimento – e conseguiu se sair mal na única função que exerce com relativa eficiência: marcação.
Na final diante do Brasil, o lateral do Real Madrid foi engolido pelo ataque adversário e o técnico Vicente del Bosque o substituiu no intervalo por César Azpilicueta. O jogador do Chelsea, em contrapartida, nunca mais foi o mesmo desde sua primeira temporada no Olympique de Marseille quando arrancou diversos elogios da imprensa francesa antes de lesionar-se gravemente.
A bola da vez para 2014 – e o futuro – tem nome e futebol para ser um dos melhores do mundo na posição durante as próximas temporadas: Daniel Carvajal.
O lateral de 21 anos é cria do Real Madrid, mas sempre se destacou no time B dos Merengues. Em 2012, Carvajal foi comprado pelo Bayer Leverkusen para suprir um problema crônico dos alemães, a lateral-direita. Antes da chegada do espanhol, diversos jogadores foram titulares na função, entre eles Gonzalo Castro, Daniel Schwaab e Vedran Ćorluka, e nenhum conseguiu agradar.
Carvajal não só convenceu a torcida do Leverkusen como foi, para muitos, o melhor lateral-direito da última edição do Campeonato Alemão. Durante a temporada, ele fez um gol e distribuiu oito assistências, tendo, também, média 3,09 pela revista alemã “Kicker” – as notas são de 1 a 5 e decrescentes.
Para esta temporada, Carvajal foi recontratado pelo Real Madrid, desta vez para atuar no time principal comandado por Carlo Ancelotti. A experiência com o técnico italiano, aliás, deve ser de extrema importância para o garoto que costuma atacar muito e foi ponto vulnerável em alguns jogos do Leverkusen. Reconhecidamente um treinador que preza pela defesa, Carletto pode ensinar os macetes que o garoto precise para evoluir na posição.
Caso vingue em seu clube formador, Carvajal, por consequência, desbancará o atual titular da posição, Arbeloa e também entrará no radar de Vicente del Bosque para a seleção espanhola. E hoje, pelo menos a mim, não restam dúvidas: Daniel Carvajal é o melhor nome para a lateral-direita de La Roja.
DEMAIS AJUSTES

Michu pode ser a solução do ataque espanhol?
(Foto: BBC)
Sem o madridista Xabi Alonso, Vicente del Bosque abriu mão de utilizar dois volantes mais fixos para colocar um centroavante no time, abdicando do “falso nove”. A nova tática não deu certo. Roberto Soldado, apesar da ótima temporada no Valencia – 30 gols em 46 jogos – não agradou na Copa das Confederações, tendo marcado apenas um gol nos seus seis chutes nas partidas contra Uruguai e Nigéria.
Apesar disso, Soldado segue sendo a melhor opção de ataque ao lado de outros dois não convocados: Álvaro Negredo e Michu. O primeiro fez 31 gols em 42 jogos pelo Sevilla na última temporada e vivia a expectativa de ser lembrado por Del Bosque na lista final da Copa das Confederações, já Miguel Pérez Cuesta, o Michu, foi um dos principais nomes do surpreendente Swansea City na Premier League. Autor de 22 gols na última temporada, o jogador nunca foi convocado para a seleção espanhola.
Apesar de artilheiros do time na competição, Fernando Torres e David Villa deveriam ser considerados “passado” por Del Bosque. Somando o desempenho dos dois atletas, acumulam-se oito gols, porém, sete contra o frágil Taiti. Retrato nítido da decadência da dupla.
Vicente del Bosque também deve olhar com carinho para o substituto de Xavi Hernández. O mastro do Barcelona vem caindo na carreira, não só fisicamente, mas tecnicamente também. Seus 33 anos já dão indícios de que seu momento já está passando e que um substituto deve ser encontrado. Na Catalunha, o maior nome era Thiago Alcântara, mas ninguém sabe qual será seu futuro nas próximas temporadas.
O grande fato é que a Espanha chegou, merecidamente, como grande favorita ao título da Copa das Confederações e com pompa de maior seleção do mundo, porém, deixou o Brasil cercado de dúvidas quanto a seu futuro. Dos cinco jogos, só agradou na estreia contra o Uruguai – com todo respeito, não dá pra considerar o Taiti –, depois disso, passou sufoco no primeiro tempo contra a Nigéria, foi inferior a Itália e viu a seleção brasileira massacrá-la no Maracanã.
Ajustes precisam ser feitos e Del Bosque não pode reclamar de falta de opções.