Quinze nomes conhecidos da 2.Bundesliga

Quem levará o troféu pra casa?

Os campeonatos de segunda divisão são um barato em qualquer lugar do mundo, seja na Europa, nas Américas, na Ásia e até mesmo na África. Além das disputas ferrenhas entre as equipes e das dificuldades extra-campo, essas competições são verdadeiras feiras de jogadores conhecidos e que estão em curvas descendentes nas suas carreiras.

A segunda divisão do Campeonato Alemão não foge a regra e tem estas características. Sexta-feira (03/08), a 2.Bundesliga terá seu início e o blogueiro que vos fala selecionou quinze nomes que estarão na disputa do torneio e que provavelmente, vocês, leitores, já devem ter ouvido falar em algum momento da vida.

Confira a lista abaixo.

Görlitz teve passagem discreta pelo poderoso Bayern

Quem encabeça a lista é uma cria do Munique 1860, mas que diferentemente dos irmãos Bender, não decolou na carreira: Andreas Görlitz. O defensor apareceu bem no clube bávaro entre 2000 e 2004, mas com a queda do time para a segunda divisão, optou por se transferir para o Bayern. Logo no início de sua nova jornada, ele foi chamado para defender a seleção principal da Alemanha e fez dois jogos, mas logo sua carreira declinou, acumulando várias lesões e prejudicando sua sequencia na Baviera.

Desde 2010, o jogador defende o Ingolstadt, onde tem ficado na parte intermediária da tabela da segunda divisão alemã. Görlitz permanecerá no clube bávaro nesta temporada e terá a companhia de um brasileiro conhecido dos são-paulinos: Caiuby que ficou notabilizado por chegar ao tricolor paulista como uma aposta do treinador Muricy Ramalho, vindo da Ferroviária, junto com Francisco Alex. A dupla não decolou no clube paulista – nem em lugar nenhum -, mas Caiuby tem feito carreira em times menores da Alemanha.

O meio-campista chegou a estar no elenco campeão alemão do Wolfsburg, mas nunca teve um número consistente de jogos, por isso foi sempre emprestado. No último ano, o brasileiro esteve por empréstimo no Ingolstadt, onde convenceu, jogou bastante e acabou sendo contratado em definitivo, com contrato até 2015.

Roger Bernardo é outra figura conhecida dos paulistas e que estará na disputa da 2.Bundesliga. O volante, que também atua na zaga, defendeu o Palmeiras na última década, depois de ter tido uma rápida experiência no Arminia Bielefeld, quando tinha apenas 19 anos. Depois de meteóricas passagens por clubes do sul e do sudeste do país, Roger se transferiu para o Energie Cottbus em 2009, onde permanece até hoje.

Falando no Cottbus, a equipe contará com dois atacantes conhecidos na Alemanha: Martin Fenin e Boubacar Sanogo. O primeiro surgiu como uma das grandes esperanças do futebol tcheco e quando estava jogando em seu país, no Teplice, era cortejado por equipes como a Juventus, mas optou por defender o Eintracht Frankfurt. Na Alemanha, Fenin nunca decolou e no último ano, foi emprestado ao Energie Cottbus, onde passou por problemas psicológicos, chegando a declarar que sofria de depressão e dependência química. Recuperado, o tcheco tenta se reinventar no esporte e na vida ainda no Cottbus.

Já o marfinense Boubacar Sanogo tem, em sua carreira, passagens discretas por clubes como Hoffenheim, Hamburgo e Werder Bremen, mas seu maior “feito” foi no time verde, ao brigar com o brasileiro Carlos Alberto em um treino. Sanogo ainda teve uma passagem vergonhosa pelo francês Saint-Étienne, onde fez mais de trinta jogos e marcou apenas um gol.

Sanogo se envolveu em uma famosa briga com Carlos Alberto em seus tempos de Bremen

Continuamos no ataque, mas cruzamos o planeta inteiro, chegando a Coreia do Norte, onde encontramos o Rooney Asiático, que também estará disputando a segunda divisão alemã. Jong Tae-Se é uma das apostas do Colônia para superar a dependência de Lukas Podolski, recém transferido para o futebol inglês. Chong Tese – como também é conhecido – foi o primeiro norte-coreano a atuar no futebol profissional da Alemanha, isso em 2010, quando defendia o Bochum. Apenas em janeiro deste ano chegou para ajudar os Bodes.

Talvez estas referências não deixem em sua memória quem realmente é Jong Tae-Se, ou simplesmente não liguem o nome ao atleta, mas o norte-coreano foi o responsável por uma das cenas mais marcantes da Copa do Mundo de 2010. No confronto contra a Seleção Brasileira, o atacante se emocionou durante a execução do hino de seu país e começou a chorar.

No Colônia, Tae-Se terá a companhia de um dos grandes flops recentes do Bayern. Michael Rensing foi considerado durante algum tempo como o sucessor de Oliver Kahn na equipe bávara e seu início até foi bom. Reserva da lenda alemã, Rensing se saia muito bem nos poucos jogos que participava. Na primeira temporada sem Kahn, ele assumiu a titularidade e era peça de confiança de Jürgen Klinsmann, mas assim como o técnico, o time não foi a lugar algum, chegando a perder o título alemão para o nanico Wolfsburg.

Com Louis van Gaal no comando do time bávaro, Rensing perdeu espaço para o veterano Butt. O tempo foi passando e não havia mais clima para o goleiro, que acabou sendo dispensado após o término de seu contrato. Desde 2011, ele defende o Colônia, onde vem se reencontrando na carreira e fazendo bons jogos.

O comandante da dupla será o folclórico Holger Stanislawski – único treinador nessa lista. Stani ganhou notoriedade no cenário alemão ao levar o “Cult” St. Pauli para a primeira divisão. O time subiu e logo caiu, então, o treinador migrou para o Hoffenheim, onde teve campanha medíocre e não se sustentou com seu carisma, como acontecia no St. Pauli. Seu novo desafio será trazer o Colônia para a primeira divisão.

Wagner já foi apresentado e vestirá a 33 (Foto: Hertha Berlin)

Por falar em equipes que até ontem estavam na primeira divisão e que tentarão retornar o mais rápido possível para a elite alemã, não podemos deixar de falar de uma dupla que defenderá o Hertha Berlin nesta temporada: Peer Kluge e Sandro Wagner. O primeiro é volante e ganhou destaque na Alemanha por seus seis anos de bom futebol no Borussia Mönchengladbach. Depois disso, até foi bem no Nuremberg, mas conviveu com várias lesões no Schalke e nunca convenceu. Desprestigiado com Hubb Stevens, Kluge se transferiu para o Hertha, com um contrato de dois anos.

Já Wagner é atacante e nunca primou pela técnica, é o famoso “centro-avante rompedor”. Nesse estilo, o alemão chamou atenção na final da Eurocopa Sub-21 em 2009, ao marcar dois gols na final diante da Inglaterra. Depois disso, nenhum brilho por Werder Bremen e Kaiserslautern, agora, tentará a sorte na capital.

Falando em Berlin, no outro time da cidade encontra-se um brasileiro que já deu uma entrevista para o “Europa Football”, trata-se de Sílvio. O atacante até começou bem a última temporada, mas caiu de produção, junto com seu parceiro de ataque, John Jairo Mosquera. Com seu companheiro ofensivo se mudando para atuar no futebol chinês, a responsabilidade de finalmente levar o Union Berlin para a primeira divisão cairá sobre as costas de Sílvio.

Florian Kringe era praticamente patrimônio vivo do Borussia Dortmund. O meio-campista esteve presente nos últimos três títulos alemães do clube, tendo aparições pra lá de esporádicas. Entre 2000 e 2011 – período onde ficou em Dortmund -, o atleta foi emprestado para clubes como Colônia e Hertha Berlin, mas só agora saiu em definitivo. Seu novo desafio será no Cult St. Pauli.

Xará de Kringe, Florian Fromlowitz será mais um a disputar a segunda divisão alemã. O goleiro foi lapidado pelo Kaiserslautern, clube que o abrigou em 1992, quando tinha apenas seis anos. Ele passou por todas as equipes de base do clube até chegar ao profissional, onde atuou por três anos. Em 2008, se transferiu para o Hannover, onde teve a dura missão de substituir o amigo Robert Enke, que se suicidou. Com o aparecimento de Zieler, Fromlowitz perdeu espaço e foi para o Duisburg, onde também não se firmou. Nesta temporada, seu desafio será no Dynamo Dresden.

O mesmo clube que formou o atleta citado no último parágrafo contará com uma dupla conhecida do grande público: Mimoun Azaouagh e Mohamadou Idrissou. O primeiro tem origens marroquinas, mas é alemão e ganhou destaque no início dos anos 2000 ao jogar pelo Mainz. Magro, mas habilidoso, Azaouagh foi peça de cobiça do Schalke 04, que lutou demais para tê-lo em seu elenco. Após pouco jogar em Gelsenkirchen, o marroquino se transferiu para o Bochum, clube que o abrigou nos últimos quatro anos. Já Mohamadou Idrissou também tem origens africanas, ele é de Camarões, mas está desde 2000 na Alemanha. Por lá, teve passagens de destaque pelo pequenino Wehen Wiesbaden, além de Freiburg e Borussia Mönchengladbach. Na última temporada, o centro-avante de 1,90m ajudou o Eintracht Frankfurt a voltar para a primeira divisão, marcando 14 gols.

Tanto Azaouagh quanto Idrissou tentarão recolocar uma tradicional equipe alemã no campeonato nacional mais nobre da Alemanha, o Kaiserslautern. Os Diabos Vermelhos foram rebaixados na última temporada e buscarão um triunfante retorno.

Esses foram os quinze nomes que destaquei, mas existem muitos outros. A caixa de comentários está aberta para novas sugestões!