Le Podcast du Foot #59 – Os franceses lá fora

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Foto: Reprodução

Le Podcast du Foot chega a sua edição #59 para falar das ambições das equipes da França em âmbito europeu. A fase de grupos da Uefa Champions League começa nas próximas semanas e os times franceses estão se preparando para fazer bonito. Paris Saint-Germain, Monaco e Lyon fazem as últimas contratações e os primeiros ajustes antes do debute em seus respectivos grupos.

O time da capital francesa, equipe mais forte do país, ficou no grupo A, ao lado de Arsenal, Basel e Ludogorets. O Lyon, vice-campeão francês na última temporada, caiu numa chave difícil, a H, ao lado de Juventus, Sevilla e Dínamo Zagreb. Já o time do Principado terá pela frente Bayer Leverkusen, Tottenham e CSKA Moscou, no grupo E.

Nesta edição, se reuniram Eduardo Madeira, Filipe Papini e Renato Gomes para analisar e projetar a participação francesa na Champions League. Além disso, demos uma palhinha do que pode acontecer na Liga Europa.

Clique abaixo e ouça o programa!

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Guia da Bundesliga

Entre todos os campeonatos nacionais da Europa, a Bundesliga é o que mais me identifico. Estádios lotados, bons jogos, valorização do jogador do próprio país e um futebol de ótima qualidade, tudo isso me fascina. Por acompanhar bastante e estar antenado sobre tudo que rola no país do chucrute, decidi preparar este guia especial sobre o Campeonato Alemão. Confira abaixo a análise dos dezoito times:

BAYERN

Nome: Fußball-Club Bayern, München e. V
Site oficial: http://fcbayern.de/
Técnico: Jupp Heynckes
Títulos alemães: 22
Time base: Manuel Neuer – Philipp Lahm, Jêrome Boateng (Dante), Holger Badstuber e David Alaba – Luís Gustavo, Bastian Schweinsteiger – Arjen Robben, Toni Kroos (Thomas Müller) e Franck Ribéry – Mário Gomez

Após uma trinca de vice-campeonatos na última temporada – DFB Pokal, Bundesliga e UEFA Champions League -, o Bayern chega disposto a recuperar a hegemonia nacional. Com nove títulos de 1997 até 2010, os bávaros se acostumaram a falar a frase: “ano sim, ano não, o Bayern é campeão”, mas atualmente, o clube vive a sombra do Borussia Dortmund, que tem feito de freguês a equipe da Baviera.

Para quebrar essa estigma de derrotas, Uli Hoeness decidiu tornar o elenco maior. Um dos defeitos na última temporada foi a magreza do plantel, onde havia poucos atletas e muitas improvisações eram feitas. Para esta temporada, o técnico Jupp Heynckes terá as opções de Mario Mandžukić e Claudio Pizarro para substituir Mario Gomez, caso ele não vá bem. Os meias bávaros também terão a sombra da joia suíça, Xherdan Shaqiri, contratado ainda no início de 2012.

Dante será o reforço para a zaga e deverá disputar posição com Boateng. É uma aposta interessante, já que o brasileiro fez boas temporadas pelo Borussia Mönchengladbach. Seu principal desafio será ajudar na solidificação da defesa bávara, que até se ajeitou na última temporada, mas que falhou em horas cruciais.

Na pré-temporada, o Bayern sofreu apenas duas derrotas, mas o que preocupa é que esses tropeços foram para equipes qualificadas, Napoli e Werder Bremen. O que acabou compensando foi o título da Supercopa Alemã, conquistado em cima do Borussia Dortmund.

Como foi dito acima, os reforços são para compor o elenco, fazendo com que a base do time seja a mesma da temporada anterior. A expectativa do blogueiro é a de que o Bayern brigue pelo título, o que é chover no molhado, diga-se de passagem.

BORUSSIA DORTMUND

Nome: Ballspielverein Borussia 09 e. V.Dortmund
Site oficial: http://bvb.de/
Técnico: Jurgen Klopp
Títulos alemães: 8
Time base: Roman Weidenfeller – Lukasz Piszczek, Neven Subotic, Mats Hummels e Marcel Schmelzer – Sebastian Kehl (Sven Bender), Ilkay Gündogan – Mário Götze (Kuba), Marco Reus e Kevin Grosskreutz – Roberto Lewandowski

O Borussia Dortmund é o time a ser batido na Alemanha. Atual bi-campeão alemão, o elenco é basicamente o mesmo das conquistas anteriores, com os acréscimos e decréscimos de alguns nomes. A grande ausência para este ano será Shinji Kagawa, que não renovou seu contrato e acabou sendo comprado por 16 milhões de euros pelo Manchester United.

Em compensação, o BVB se reforçou com uma das grandes estrelas da atual geração alemã, Marco Reus. O meia-atacante despertou a atenção do Bayern em seus tempos de Borussia Mönchengladbach, mas numa tacada de mestre, o Dortmund trouxe o garoto. A expectativa em torno da dupla Reus e Götze cresce de forma assustadora. Garotos habilidosos, velozes e de técnica primorosa, ambos tem tudo para engrenarem e formarem uma das duplas mais impressionantes da história recente da Bundesliga.

A preocupação em torno de Götze fica por conta de suas lesões. Uma delas o tirou de metade da última temporada. Porém, foi neste momento que o polonês Kuba cresceu e mostrou ter capacidade de ser titular do time. Não seria surpresa nenhuma se Jurgen Klopp deixasse Götze no banco nas partidas iniciais.

Para fechar o ciclo de contratações, o Dortmund trouxe Julian Schieber, um dos destaques do Stuttgart, Oliver Kirch, ex-Kaiserslautern e o brasileiro Leonardo Bittencourt, que defendia o Energie Cottbus.

A expectativa do blogueiro é de briga pelo título nos lados do Signal Iduna Park, é o time a ser batido na Alemanha.

SCHALKE 04

Nome: FC Gelsenkirchen-Schalke 04 e. V.
Site oficial: http://schalke04.de/
Técnico: Huub Stevens
Títulos alemães: 7
Time base: Lars Unnerstall (Ralf Fährmann) – Atsuto Uchida, Benedikt Höwedes, Kyriakos Papadopoulos e Christian Fuchs – Jefferson Farfán, Roman Neustädter, Lewis Holtby (Tranquilo Barnetta) e Julian Draxler – Teemu Pukki e Klaas-Jan Huntelaar

Em uma fila de quase 55 anos no Campeonato Alemão, o Schalke 04 entra para uma nova temporada querendo encerrar esse jejum pra lá de incômodo. Para obter tal feito, o técnico Huub Stevens não terá o espanhol Raúl a sua disposição, que se transferiu para o Al-Sadd (Qatar). A diretoria azul real decidiu não buscar um substituto para o espanhol e apostar nas peças que tem. Uma dessas opções é Teemu Pukki, que foi o queridinho da torcida na última temporada e deverá ganhar mais minutos em 2012/2013.

Na lista de contratações, a mais interessante foi a de Roman Neustädter. O volante estava no Borussia Mönchengladbach e chega para dominar a cabeça de área do Schalke. Outro nome interessante é o de Tranquilo Barnetta. O suíço é uma boa opção para o jogo pelos flancos e é um bom chutador. Seu problema é físico, já que praticamente nem jogou na última temporada pelo Bayer Leverkusen.

O nigeriano Chinedu Obasi foi contratado em definitivo pelo time de Gelsenkirchen. O meia atacante estava por empréstimo do Hoffenheim e acabou agradando, fazendo com que fosse comprado pelos Azuis Reais.

A expectativa do blogueiro é de ver o Schalke correndo por fora na briga pelo título. Se quiser mesmo encerrar esse jejum, precisará se impor nos jogos grandes, diferente do que aconteceu na última temporada, onde perdeu uma partida para o Mönchengladbach e duas cada para Dortmund e Bayern. Isso pesa demais em torneios equilibrados, como a Bundesliga.

WOLFSBURG

Nome: Verein für Leibesübungen Wolfsburg e. V.
Site oficial: http://vfl-wolfsburg.de/
Técnico: Félix Magath
Títulos alemães: 1
Time base: Diego Benaglio – Fagner, Emanuel Pogatetz, Naldo (Felipe Lopes) e Ricardo Rodríguez – Josué (Makoto Hasebe), Christian Träsch – Ashkan Dejagah, Václav Pilař (Diego) e Petr Jiráček (Marcel Schäfer) – Patrick Helmes (Ivica Oliċ)

A história tem se repetido: o Wolfsburg investe demais, visa grandes conquistas, mas tropeça nas próprias pernas. O objetivo desta temporada é quebrar essa rotina e tentar recolocar os Lobos no caminho das vitórias. Para isso, o veterano Félix Magath acabou gastando de forma mais “moderada” e também inteligente, buscando reforçar a defesa, problema antigo do time.

Para se juntar a revelação brasileira Felipe Lopes, o Mago contará com Emanuel Pogatetz, ex-Hannover e com o ex-defensor do Werder Bremen, Naldo. Fagner foi mais um brasileiro a reforçar a defesa do Wolfsburg e torna as laterais do time pra lá de interessantes, já que do outro lado, Ricardo Rodríguez também desempenha bom papel.

Mas o jogador que mais fez barulho é um velho conhecido do torcedor alemão: Diego. O brasileiro estava emprestado ao Atlético de Madrid e fez temporada primorosa, porém, o retorno para terras germânicas foi contra sua vontade e parecia ser contra a vontade de Magath também. Após algumas idas e vindas e muitas polêmicas, ficou decidido que Diego não só ficará no Wolfsburg, como vestirá a camisa 10.

Os Lobos também poderão contar com uma dupla que fez sucesso na UEFA Euro 2012: Václav Pilař e Petr Jiráček. Os atletas tiveram destaque na surpreendente campanha da República Tcheca no torneio e poderão tentar re-editar o sucesso na Alemanha. Não custa lembrar que Jiráček já estava no Wolfsburg na última temporada.

A expectativa do blogueiro é que o time de Magath possa honrar pelo menos 5% do que é investido e brigar por uma vaga na UEFA Europa League. Tem time pra mais que isso, mas não inspira tanta evolução assim.

BAYER LEVERKUSEN

Nome: Bayer 04 Leverkusen Fußball GmbH
Site oficial: http://bayer04.de/
Técnicos: Sascha Lewandowski e Sami Hyypiä
Títulos alemães: Nenhum
Time base: Bernd Leno – Daniel Schwaab, Philipp Wollscheid, Ömer Toprak (Manuel Friedrich) e Michal Kadlec – Simon Rolfes (Stefan Reinartz), Lars Bender – Sidney Sam, Renato Augusto e André Schürrle – Stefan Kiessling

Depois de temporada 2011/2012 decepcionante, o Bayer Leverkusen chega para esta nova edição da Bundesliga com elenco semelhante ao de temporadas anteriores. A principal mudança foi a saída de Michael Ballack, que deixou o clube após o termino de seu contrato. Esse adeus do camisa 13 deve aliviar o ambiente do time do Rio Reno. Quem acabou tomando o mesmo rumo de Ballack foram René Adler, Tranquilo Barnetta e Eren Derdyiok, atletas de muitos minutos em temporadas anteriores, mas que acabaram deixando a equipe.

Em termos de contratações, o Leverkusen optou por trazer atletas jovens, como o chileno Júnior Fernandes de 23 anos e o espanhol Daniel Carvajal de 20 anos. A principal contratação do time veio para tentar consertar a problemática defesa: Philipp Wollscheid, ex-Nürnberg e que também é jovem, 23 anos.

Pela segunda temporada seguida, o Leverkusen iniciará a Bundesliga com uma aposta no comando técnico, ou melhor, duas apostas. Sascha Lewandowski e Sami Hyypiä foram mantidos como comandantes da equipe após conduzirem os Aspirinas a Liga Europa na última temporada. Em 2011/2012, a aposta foi em Robin Dutt e o resultado foi pouco agradável.

A expectativa do blogueiro é que o Bayer Leverkusen brigue no máximo por uma vaga na UEFA Europa League, mesmo tendo em seu plantel atletas interessantes, como Schürrle, Bender, Sam e Leno.

STUTTGART

Nome: Verein für Bewegungsspiele Stuttgart 1893 e. V.
Site oficial: http://vfb.de/
Técnico: Bruno Labbadia
Títulos alemães: 5
Time base: Sven Ulreich – Gotoku Sakai, Serdar Tasci, Maza Rodríguez e Cristian Molinaro – Willian Kvist, Zdravko Kuzmanovic (Christian Gentner) – Martin Harnik, Tamas Hajnal e Shinji Okazaki – Vedad Ibisevic (Cacau)

O Stuttgart decidiu apostar na fórmula que deu certo na última temporada. Após lutar contra o rebaixamento na temporada 2010/2011, o time se re-encontrou na última edição da Bundesliga e cavou uma vaga na UEFA Europa League. O elenco é basicamente o mesmo, mas com uma perda importante. Julian Schieber, meia-atacante que fez gols decisivos, acabou sendo contratado pelo Borussia Dortmund. A expectativa da torcida vermelha fica no fato do time ter várias opções para a posição, embora poucos deles tenham agradado. Fica o alento de que o próprio Schieber demorou a engrenar nos Suábios.

As mudanças no elenco do Stuttgart foram poucas e o clube investiu pouco também. Tunay Torun veio de graça do Hertha Berlin, enquanto Tim Hoogland chegou por empréstimo do Schalke 04. O técnico Bruno Labbadia também aproveitou para efetivar alguns garotos da base que já vinham jogando anteriormente.

O Stuttgart aproveitou-se para se livrar de alguns jogadores que já estavam há algum tempo no elenco, como Timo Gebhart, contratado pelo Nürnberg e o trio de defensores Boulahrouz, Delpierre e Celozzi, que não tiveram seus contratos renovados e se transferiram para Sporting, Hoffenheim e Frankfurt, respectivamente.

A expectativa do blogueiro é que o Stuttgart lute por uma vaga na Liga Europa. O time é o mesmo da temporada passada e a tendência é que o futebol apresentado também seja semelhante, ou seja, deveremos ver um time que tem enormes dificuldades de se impor em campo, esperando lances fortuitos para se aproveitar.

BORUSSIA MÖNCHENGLADBACH

Nome: Borussia VfL 1900 Mönchengladbach e. V.
Site oficial: http://borussia.de/
Técnico: Lucien Favre
Títulos alemães: 5
Time base: Marc-André ter Stegen – Tony Jantschke, Martin Stranzl (Roel Brouwers), Álvaro Domínguez e Filip Daems – Havard Nordtveit, Granit Xhaka – Juan Arango e Patrick Herrmann – Igor de Camargo (Luuk De Jong) e Mike Hanke

Surpresa da última temporada alemã, o Borussia Mönchengladbach não sofreu o desmanche que muitos acreditavam que aconteceria. Claro que a equipe teve perdas importantes, mas conseguiu repor bem e chega com um time forte para esta nova temporada.

A saída mais sentida é a de Marco Reus, que já estava contratado pelo Borussia Dortmund em janeiro. Para substituí-lo, os Potros buscaram o holandês Luuk De Jong, ex-Twente. Para o lugar de Neustädter, contratado pelo Schalke, o Gladbach trouxe Granit Xhaka, uma das grandes revelações do futebol suíço. Esta mudança, acredito eu, foi um ganho de qualidade para o time alemão. Para o lugar de Dante, que foi comprado pelo Bayern, veio o espanhol Álvaro Domínguez, que estava fazendo temporadas regulares no Atlético de Madrid.

A permanência de Lucien Favre também é um ganho para o Mönchengladbach. O treinador foi o responsável pelo resgate do time na trágica temporada 2010/2011 e pela ressurreição na temporada seguinte. Poderá faltar experiência para administrar as disputas simultâneas na Alemanha e no continente, mas ele conhece esse elenco como ninguém. Elenco esse que, diga-se de passagem, segue minguado, como na temporada passada. As peças foram bem repostas, mas o plantel segue curto.

Na pré-temporada, o Gladbach fez testes com equipes de primeira divisão de outras ligas, como Sevilla e Norwich e saiu invicto destes duelos. Dos sete jogos, foram quatro vitórias e dois empates.

A expectativa do blogueiro é a de que o Gladbach brigue por uma vaga na próxima UEFA Champions League. O seu futuro no torneio europeu também definirá com que força disputará a Bundesliga e se poderá chegar mais longe em território nacional.

HOFFENHEIM

Nome: Turn- und Sportgemeinschaft 1899 Hoffenheim e. V.
Site oficial: http://www.achtzehn99.de/
Técnico: Markus Babbel
Títulos alemães: Nenhum
Time base: Tim Wiese – Andreas Beck, Mathieu Delpierre (Marvin Compper) e Stefan Thesker (Edson Brrafheid) – Sebastian Rudy, Tobias Weis e Sejad Salihovic – Roberto Firmino, Eren Derdyiok e Ryan Babel

Assim como o Wolfsburg, o Hoffenheim tem a característica de gastar bastante, mas produzir pouco em campo. Nada muda nesta temporada, onde o clube trouxe oito novos jogadores, entre eles, os conhecidos Eren Derdyiok, Tim Wiese e Takashi Usami.

Derdyiok chega para tentar solucionar o problema do ataque, que não funciona há tempos. Já Wiese buscava novos planos na carreira e com a iminente saída de Tom Starke para o Bayern, acabou sendo contratado pelo Hoffenheim. Já Usami recebe nova chance no futebol alemão após fracassar no Bayern.

Além de Starke, existem outras ausências a serem sentidas, como Peniel Mlapa, contratado pelo Borussia Mönchengladbach e a dupla Gylfi Sigurdsson e Chinedu Obasi, que estavam emprestados a outros clubes, mas nem voltaram por terem sido contratados em definitivo.

Foi notado também a preocupação do técnico Markus Babbel em consertar a defesa. Dentre os novos contratados, Stephan Schröck, Mathieu Delpierre e o brasileiro Chris são defensores.

A expectativa do blogueiro é que o Hoffenheim fique no meio da tabela. O elenco é mediano e Markus Babbel não é nenhum santo milagreiro. A vexatória eliminação para o Berliner AK na Copa da Alemanha – goleada por 4×0 – só alimentam essa impressão.

WERDER BREMEN

Nome: Sport-Verein Werder von 1899 e. V.
Site oficial: http://www.werder.de/
Técnico: Thomas Schaaf
Títulos alemães: 4
Time base: Sebastian Mielitz – Aleksandr Ignjovski, Sokratis, François Affolter (Sebastian Prödl) e Theodor Gebre Selassie – Clemens Fritz, Kevin de Bruyne (Philipp Bargfrede) – Zlatko Junuzovic, Aaron Hunt (Mehmet Ekici) e Eljero Elia – Nils Petersen (Marko Arnautovic)

A temporada do Werder Bremen é resumida em apostas. Boa parte do jovem elenco da temporada passada foi mantido e os acréscimos são de atletas que não se sabe o quanto poderão render. É o caso de Eljero Elia, que foi uma enorme decepção na Juventus. Kevin de Bruyne. Raphael Wolf, Strebinger, Lukimya e Nils Petersen são outras apostas para esta temporada. O mesmo caso vive Gebre Selassie, que fez excelente Eurocopa pela República Tcheca e agora terá a grande chance de sua carreira na Alemanha.

Mas a grande questão é: como o Bremen vai se virar sem Cláudio Pizarro? O peruano se transferiu para o Bayern e deixou o time verde sem uma referência ofensiva. Até mesmo o oscilante Markus Rosenberg deixou a equipe, assim como Marko Marín. O peso vai cair sobre Nils Petersen e Marko Arnautovic e duvido muito que um dos dois possa assumir toda a responsabilidade.

Para contribuir com o rejuvenescimento do elenco do Bremen, alguns atletas de rodagem no clube foram embora, como Tim Wiese, Tim Borowski, Sebastian Boesnich, Mikaël Silvestre e o brasileiro Naldo. Só quem segue rodando por lá é o treinador Thomas Schaaf, desde 1999 treinando a equipe.

A pré-temporada demonstra como esse time do Werder Bremen deverá oscilar. A equipe conseguiu resultados interessantes na LIGA Total! Cup, onde enfrentou Bayern e Dortmund, mas acumulou tropeços contra Padeborn e Energie Cottbus.

A expectativa do blogueiro não é das melhores para o Werder Bremen. Elenco jovem e somado com perdas importantes não deve dar um bom resultado. Acredito que fiquem no meio da tabela, mas não me surpreenderia se ‘namorassem’ com a zona de rebaixamento.

HANNOVER

Nome: Hannoverscher Sportverein von 1896 e. V.
Site oficial:
http://hannover96.de/
Técnico: Mirko Slomka
Títulos alemães: 2
Time base: Ron-Robert Zieler – Steven Cherundolo (Hiroki Sakai), Mario Eggimann, Karim Haggui (Felipe) e Christian Schulz – Sérgio Pinto, Manuel Schmiedebach – Lars Stindl, Szabolcs Huzti (Jan Schlaudraff) e Christian Pander (Konstantin Rausch) – Mohamed Abdellaoue (Didier Ya Konan)

O entrosado time do Hannover chega para mais uma temporada na Bundesliga visando à parte alta da tabela, sem ser a surpresa que foi em épocas atrás. A base do time se mantém e o clube tem perdido poucos jogadores importantes. Além disso, Mirko Slomka tem o time em mãos e sabe bem o que fazer com as peças que tem.

A saída mais importante desta temporada foi do zagueiro Emanuel Pogatetz, que se transferiu para o Wolfsburg. Para o seu lugar, o Hannover buscou o zagueiro brasileiro Felipe, ex-Coritiba e que estava no Standard Liège da Bélgica. Outro reforço para a zaga é Hiroki Sakai, japonês que defendia o Kashiwa Reysol. O lateral ficou conhecido por disputar o Mundial de Clubes de 2011 e despertar o interesse do Santos. Após quase acertar com o Borussia Dortmund, Sakai acabou se transferindo para o Hannover.

Para o meio campo, veio Szabolcs Huzsti, que estava no Zenit da Rússia. Ele deverá dar mais esforço a Schlaudraff, que tinha vida fácil naquela posição. Nos outros setores do meio-campo, tudo permanece igual, principalmente com a permanência de Stindl, que era pretendido pelo Gladbach. Devemos ficar de olho também na meia esquerda, onde disputam a posição Pander e Rausch. Dependendo da visão de Slomka, os dois podem atuar juntos, com o primeiro retornando a lateral-esquerda, sua posição de origem.

A expectativa do blogueiro é que o Hannover brigue por uma vaga na Liga dos Campeões. É um time, que pelo elenco, não assustará, mas conta com um longo entrosamento e jogadores decisivos como Abdellaoue e Konan. Pode voltar a incomodar nesta temporada.

HAMBURG

Nome: Hamburger Sport-Verein e. V.
Site oficial:
http://hsv.de/
Técnico: Thorsten Fink
Títulos alemães: 6
Time base: René Adler – Dennis Diekmeier, Jeffrey Bruma, Slobodan Rajkovic e Dennis Aogo – Heiko Westermann (Ivo Ilicevic), Per Skjelbred (Thomas Rincón) – Jacopo Sala, Artjoms Rudnevs e Marcell Jansen – Marcus Berg

Após temporada pra lá de ruim, onde quase perdeu o status de único clube alemão a não ser rebaixado, o Hamburg quer redimir sua torcida com uma campanha mais digna, conseguindo ao menos uma vaga na Liga Europa. Para isso, o diretor esportivo Frank Arnesen parou de trazer seus pupilos do Chelsea e tentou consertar o time. Ainda assim, ele não resistiu e trouxe um atleta da Premier League: Paul Scharner, ex-West Bromwich.

A principal contratação veio para a meta. René Adler tentará voltará à velha forma no Hamburg e se livrar de vez das lesões, que o tiraram do Leverkusen e da Seleção Alemã. Para a linha, o principal reforço foi Rudnevs, que estava no Lech Poznan da Polônia.

Em termos de saída, houve uma pequena limpa no elenco hamburguês. Paolo Guerrero, Mickaël Tavares, David Jarolim, Romeo Castelen e Mladen Petric, que já figuravam a algum tempo no time, foram embora, assim como Gökhan Töre, principal jogador do time na última temporada e que irá se esconder no Rubin Kazan. Uma pena, o turco é muito bom de bola e era a grande atração do Hamburg.

Durante a pré-temporada, o HSV enfrentou equipes como Barcelona, Dortmund e Bayern, mas perdeu para todos. Ficou o alento de ter conquistado a Copa da Paz, disputada na Coreia do Sul.

O blogueiro espera que o Hamburg possa fazer uma campanha digna, mas pouco gloriosa. Ficar na parte intermediária da tabela é o máximo que enxergo no time, que além de mediano, adora um empate…

FREIBURG

Nome: Sport-Club Freiburg e. V.
Site oficial:
http://www.scfreiburg.com/
Técnico: Christian Streich
Títulos alemães: Nenhum
Time base: Oliver Baumann – Meusur Mujdza, Mathias Ginter (Pavel Krmas), Fallou Diagne e Oliver Sorg – Johannes Flum (Julian Schuster), Cédric Makiadi, Jonathan Schmid, Jan Rosenthal e Max Kruse – Ivan Santini (Garra Dembélé)

Christian Streich foi heróico na temporada passada. Pegou um time destruído, com um pé na segunda divisão e sem Demba Cissé, e acabou conseguindo reconstruir todo o elenco e fugir do rebaixamento. Para esta nova temporada, o treinador tentará repetir o feito, já que o elenco pouco foi modificado.

A principal contratação do time de Breisgau para esta temporada foi o espanhol Ezequiel Calvente, que veio por empréstimo do Real Bétis. Ele é meia-atacante e deverá formar uma interessante dupla com o também meia Jonathan Schmid, que é apenas um ano mais velho.

Em termos de saída, o Freiburg acabou perdendo Oliver Barth e Stefan Reisinger. Nada muito prejudicial e só ajudou a rejuvenescer o elenco, já que eles têm 32 e 30 anos, respectivamente. Falando na idade do time, o Freiburg tem a quarta menor média de idade da Bundesliga, com 24 anos. Abaixo dele, apenas Hoffenheim, Leverkusen e Bremen.

A expectativa do blogueiro é a de que o Freiburg fique na parte debaixo da tabela. Tem um time jovem e muito batalhador, mas não creio que seja isso que vá os levar para longe na tabela de classificação. Acredito que possam permanecer na elite alemã, mas passando muito trabalho.

EINTRACHT FRANKFURT

Nome: Eintracht Frankfurt e. V.
Site oficial:
http://www.eintracht.de/
Técnico: Armin Veh
Títulos alemães: 1
Time base: Kevin Trapp – Sebastian Jung (Stefano Celozzi), Vadim Demidov, Anderson e Bastian Oczipka (Constant Djakpa) – Sebastian Rode, Pirmin Schwegler (Martin Lanig) – Stefan Aigner, Alexander Meier e Takashi Inui (Benjamin Köhler) – Olivier Occéan

De volta à primeira divisão, o Eintracht Frankfurt apresenta um elenco bastante mudado para esta nova temporada. O que não muda é o comando técnico, com Armin Veh, campeão alemão com o Stuttgart e que parece reencontrar os rumos da carreira no Frankfurt.

O principal trunfo de Veh será contar com os dois artilheiros máximos da segunda divisão alemã da última temporada: Alexander Meier e Olivier Occéan. Cada um marcou 17 gols na 2.Bundesliga, Meier pelo próprio Frankfurt e Occéan pelo Greuther Fürth. São jogadores experientes e que poderão formar uma dupla interessante. Mohamadou Idrissou, que fez 14 gols pelo Eintracht na última temporada, não ficou e acabou se transferindo para o Kaiserslautern. Outro titular que tomou outros rumos foi o zagueiro Schildenfeld, contratado pelo Dynamo de Moscou.

A principal contratação da equipe foi o goleiro Kevin Trapp, que vinha fazendo ótimas temporadas pelo Kaiserslautern. O arqueiro era pretendido por outras equipes, mas como jogadores dessa posição não são problemas na Alemanha e o principal goleiro do Frankfurt é o quase quarentão Nikolov, optou-se pela contratação do ótimo Trapp.

Entre as demais contratações, o Frankfurt acabou se reforçando com atletas de outras equipes da segunda divisão, além de ‘refugiados’ de times maiores, como foi o caso de Celozzi e Oczipka.

O blogueiro espera que o Eintracht Frankfurt possa fazer uma campanha boa para quem volta da segunda divisão. A base do time é a mesma que subiu, mas com alguns retoques. Acredito que não cai, mas ficará da intermediária para baixo na tabela de classificação.

MAINZ

Nome: 1. Fußball- und Sportverein Mainz 05 e. V.
Site oficial:
http://www.mainz05.de/
Técnico: Thomas Tuchel
Títulos alemães: Nenhum
Time base: Christian Wetklo (Heinz Müller) – Niko Bungert, Jan Kirchhoff (Bo Svensson), Nikolce Noveski e Marco Caligiuri – Julian Baumgartlinger (Eugen Polanski), Elkin Soto e Andreas Ivanschitz – Ádám Szalai, Nicolai Müller (Marcel Riisse) e Eric Maxim Choupo-Moting

O Mainz está se desmanchando. O quarteto formado por Lewis Holtby, André Schürrle, Sami Allagui e Ádám Szalai, que encantou a Alemanha a duas temporadas, está desfeito. Desses quatro, apenas o húngaro Szalai permanece no elenco, ainda assim, tentando vencer a incontável série de lesões que tem sofrido nos anos recentes. O último do quarteto que deixou o clube foi Allagui, que se mudou para a capital, onde defenderá o Hertha.

Em contrapartida, o grande mentor daquele time, o técnico Thomas Tuchel, permanece por lá e deverá ser o grande trunfo determinador de uma boa ou ruim campanha da equipe.

O Mainz se reforçou pouco, apenas trouxe Júnior Díaz do Club Brügge e Chinedu Ede do Union Berlin. Com essa estagnação no elenco, a tendência é que o jogo do time continue focado nos meias Elkin Soto e Andreas Ivanschitz, além da esperança de que Szalai possa vencer as lesões e formar uma boa dupla ofensiva com Moting.

O blogueiro espera pouco desse nada mudado Mainz. O time enfraqueceu demais nos últimos anos e os aponto como um dos principais candidatos ao rebaixamento nesta temporada.

AUGSBURG

Nome: Fußball-Club Augsburg 1907 e. V.
Site oficial
: http://www.fcaugsburg.de/
Técnico: Markus Weinzierl
Títulos alemães: Nenhum
Time base: Simon Jentzsch – Paul Verhaegh, Gibril Sankoh, Sebastian Langkamp e Matthias Ostrzolek – Daniel Baier, Andreas Ottl (Jan-Ignwer Callsen-Bracker) – Knowledge Musona, Stephan Hain (Koo Ja-Cheol) e Tobias Werner – Aristide Bancé (Sascha Mölders)

Caçula na última temporada, o Augsburg conseguiu se manter na primeira divisão, muito por Jos Luhukay, técnico que levou o time bávaro para a elite alemã e ajudou mantê-lo por lá. Mesmo com contrato até 2015, o holandês optou por deixar o cargo e abriu-se um vazio no setor de liderança da equipe. O novo comandante da equipe será Markus Weinzierl, que estava no Jahn Regensburg e trouxe consigo o assistente técnico Wolfgang Beller e o preparador físico Thomas Barth.

O clube adotou a postura da cautela na hora das contratações. Embora existam muitos novos atletas, foram todos investimentos baratos, sendo que as contratações mais caras foram as de Jan Morávek e Kevin Vogt, ambos contratados por 600 mil euros. O principal reforço é Aristide Bancé, ex-atacante do Mainz e que estava jogando no Al-Ahli de Dubai. O burquinense chega para solucionar os problemas ofensivos da equipe e deverá fazer uma sombra para o instável Sascha Mölders.

Nos amistosos de pré-temporada, deu pra notar que a equipe continua “cascuda”. Times como Glasgow Celtic, Bayer Leverkusen e Queens Park Rangers pararam na equipe bávara. Aliás, dos nove amistosos realizados, o Augsburg perdeu apenas dois – para Heidenheim e Kaiserslautern.

A expectativa do blogueiro é que o Augsburg não vá longe nesta temporada, mas com Weinzierl dando sequencia ao trabalho de Luhukay, acredito que possa permanecer na primeira divisão com tranquilidade.

NÜRNBERG

Nome: 1. Fußball-Club Nürnberg Verein für Leibesübungen e. V.
Site oficial:
http://fcn.de/
Técnico: Dieter Hecking
Títulos alemães: 9
Time base: Raphael Schäfer – Timothy Chandler, Timm Klose, Marcos Antônio (Per Nilsson) e Javier Pinola (Marvin Plattenhardt) – Hanno Ballitsch (Almog Cohen), Timmy Simons – Mike Frantz (Adam Hlousek), Timo Gebhart e Alexandr Esswein – Sebastian Polter (Tomás Pekhart)

Em uma fila de quase quarenta e cinco anos sem títulos da primeira divisão alemã, o Nürnberg chega a mais uma temporada da Bundesliga com aspirações bem modestas. Se o fato de quase ter chegado a Liga Europa duas temporadas atrás já foi um feito em tanto, a luta contra o rebaixamento na temporada seguinte mostrou que algo precisava ser mudado. Porém, a permanência de Dieter Hecking no comando técnico era algo necessário e ele segue no clube até hoje.

Porém, o experiente treinador não poderá contar com alguns atletas importantes, como Philipp Wollscheid, Christian Eigler, Dominic Maroh e o predestinado, porém, inconstante Albert Bunjaku. Como principais reforços chegaram o meia Timo Gebhart, ex-Stuttgart e o atacante de 1,92 de altura, Sebastian Polter. O brasileiro Marcos Antônio veio do Rapid Bucareste e com as ausências na defesa, pode surgir como titular nesta temporada.

O Nürnberg também iniciará a temporada com apenas uma derrota na pré-temporada, que foi no último amistoso diante do Real Bétis. Nos demais nove confrontos, foram seis vitórias – incluindo um surpreendente 4×2 pra cima do campeão alemão, Borussia Dortmund – e três empates.

O blogueiro espera que o Nürnberg fique na parte baixa da tabela e que dificilmente repetirá a campanha de duas temporadas atrás. Mas ter Dieter Hecking no comando técnico é um diferencial e isso, provavelmente, fará com que a equipe da Baviera se mantenha na primeira divisão.

GREUTHER FÜRTH

Nome: Spielvereinigung Greuther Fürth e.V.
Site oficial:
http://www.greuther-fuerth.de/
Técnico: Michael Buskens
Títulos alemães: 3
Time base: Max Grün – Bernd Nehrig, Thomas Kleine, Mergim Mavraj e Edgar Prib (Heinrich Schmidtgal) – Stephan Fürstner, Sebastian Tyrala (Thanos Petsos) – Sercan Sararer (Tayfun Pektürk) e Tobias Mikkelsen – Gerald Asamoah e Christopher Nothe

Grande rival do Nürnberg, o Greuther Fürth retorna a primeira divisão, mas participará pela primeira vez do Campeonato Alemão com o nome Bundesliga – que existe desde 1963/1964. Esse acesso já vinha batendo na trave há algum tempo, já que o time bávaro, que estava desde 1997/98 na segunda divisão, terminou oito vezes entre os cinco primeiros da 2.Bundesliga. Apenas na última temporada a sina foi quebrada e o time foi campeão.

Para este novo ano, o Greuther Fürth não contará com o seu principal jogador no acesso: o canadense Olivier Occéan, que se transferiu para o Eintracht Frankfurt. O defensor Stephan Schröck, que jogou com regularidade na última temporada, também deixou a equipe.

Em questão de reforços, o clube bávaro gastou pouco. No total, foram quase 2,5 milhões de euros gastos, sendo que o reforço mais caro foi Zoltán Stieber, que estava no Mainz e foi comprado pela bagatela de 900 mil euros. Outra contratação interessante foi Tobias Mikkelsen, meia que defendeu a Dinamarca na última Eurocopa.

Durante a pré-temporada, o Greuther Fürth fez uma série de quinze amistosos, totalizando treze vitórias. Porém, muitos desses jogos nem serviram de parâmetro para algo, como Könisberg, Burgfarrnbach, Sylvia Ebersdorf e Bergrheinfeld, todos eles sofrendo pelo menos dez gols.

O blogueiro espera que o Greuther Fürth lute contra o rebaixamento e acredito que dificilmente vencerá essa luta. Posso me enganar, como as edições passadas da Bundesliga têm mostrado, mas não deposito grandes esperanças.

FORTUNA DÜSSELDORF

Nome: Düsseldorfer Turn- und Sportverein Fortuna 1895 e. V.
Site oficial:
http://f95.de/
Técnico: Norbert Meier
Títulos alemães: 1
Time base: Fabian Giefer – Tobias Levels, Stellos Malezas, Jens Langeneke e Johannes van den Bergh – Oliver Fink (Adam Bodzek), Andreas Lambertz – Robbie Kruse e Axel Bellinghausen – Andriy Voronin e Stefan Reisinger

De volta à elite do futebol alemão, após dezesseis temporadas, o Fortuna Düsseldorf precisou suar sangue para conseguir tal feito. O conturbado duelo contra o Hertha Berlin pela repescagem só teve notas finais no tribunal, quando sua vitória foi assegurada.

O técnico da equipe ainda é Norbert Meier, que comanda o time desde a temporada 2008/2009, quando o Fortuna aparecia na terceira divisão. Agora, na elite, Meier não terá a disposição o artilheiro do time na segunda divisão, Sascha Rösler, que se transferiu para o Alemannia Aachen. O xerife da zaga, Lukimya-Mulongoti também deixou a equipe e reforçou o Werder Bremen.

Em termos de reforços, muita gente nova e barata. Entre os mais conhecidos, o sul-coreano Cha Du-Ri e o ucraniano Andriy Voronin, ambos com experiência na Bundesliga, mas que no momento, atuavam fora da Alemanha. Axel Bellinghausen é outro que acrescentará em experiência, pois ajudou o Augsburg a evitar o descenso na última temporada.

A presença de Voronin talvez alivie um pouco o trabalho do zagueiro Jens Legeneke, que na última temporada anotou nove gols, mais do que todos os atacantes do time.

A expectativa do blogueiro é de que o Fortuna Düsseldorf lute contra o rebaixamento. O elenco está enfraquecido e a vinda de atletas mais experientes, como Voronin e Du-Ri talvez não sejam primordiais para a permanência do time na elite alemã.

Tradição alemã de 54 anos

Desde o final da temporada 1957/58, uma coisa é tradição na Alemanha: o Schalke não será mais campeão alemão. O ano em que a Seleção Brasileira conquistava sua primeira Copa do Mundo também ficou marcado como o último ano em que os Azuis Reais conquistavam o Campeonato Alemão.

De lá pra cá, muitas decepções! A lembrança mais dolorosa de todas foi na temporada 2006/07, quando o Schalke, líder da Bundesliga, foi até Dortmund enfrentar seu maior rival, em jogo válido pela penúltima rodada da competição. Se os Azuis Reais vencessem o derby e a dupla Stuttgart e Werder Bremen, rivais na luta pelo título, perdessem, seriam campeões em cima dos maiores desafetos no futebol. Só que os vários torcedores do Schalke que promoveram uma invasão no Westafalenstadion viram seu time perder por 2×0 e posteriormente, perder o título, ganho na última rodada pelo Stuttgart.

Effenberg participou do lendário "4 minuten im mai"

Ah, não podemos esquecer da temporada 2000/01, quando a torcida do Schalke invadiu o gramado do Parkstadion ao término da vitória sobre o Unterhaching na última rodada da Bundesliga, isso sem a partida do Bayern se encerrar. Eles perdiam pro Hamburgo por 1×0. Resultado: no último minuto, Patrik Andersson fez o gol de empate e que dava o título ao time bávaro, selando assim, um dos maiores micos da história do futebol alemão. Aliás, pro Schalke, mico, pro Bayern, “4 Minuten im Mai”, uma história épica!

Na atual temporada, a história parecia que iria mudar. O Schalke trocou de técnico ainda no início da temporada. Ralf Rangnick decidiu sair, e Huub Stevens retornou – ele era o técnico em 2001 – ao cargo nos Azuis Reais. Tudo parecia ir muito bem! Stevens colocava praticamente o mesmo time de seu antecessor, porém, com uma grande virtude: ele sabia fazer as alterações corretas!

O Schalke vinha fazendo uma temporada impecável! Lutava pelo título alemão e estava muito bem na UEFA Europa League. Só que o “encanto” parece ter acabado.

Após contundente vitória sobre o Wolfsburg, os Azuis Reais bateram de frente com o problemático Bayern de Munich, porém, em um jogo que foram dominados durante 90 minutos, veio a derrota por 2×0. Normal? Nem tanto se lembrarmos que dias antes deste duelo, o Schalke penou para eliminar o Viktoria Plsen da UEL. Em que pese a garra tcheca, o time alemão teve o jogo em mãos, mas com uma soberba do tamanho de seu jejum de títulos da Bundesliga, cedeu o empate. Se não fosse o cansaço e os jogadores a menos – o Plsen teve um atleta expulso e um contundido quando já havia trocado três – do time adversário, dificilmente faria o resultado favorável no tempo extra.

A prova fatal de que não se tratavam de meros “jogos complicados”, veio neste fim de semana. O Schalke foi derrotado na Floresta Negra pelo Freiburg, então lanterna do Alemão, por 2×1. Os jornais alemães já classificam esse mau momento azul real como “crise”. Eu não chegaria a tanto, mas também não pegaria leve.

Stevens está perdido no comando do Schalke (Reuters)

Pra mim, este Schalke parou de “enganar”. Huub Stevens tem tomado decisões duvidosas durante sua passagem. Para alguns, essas eternas mexidas no time titular são normais, pra mim, demonstram a dúvida que ele tem em quem escalar. A começar pela zaga. Stevens não sabe quem é seu lateral-direito. Uchida ganha algumas oportunidades, mas quase sempre é queimado no intervalo. O capitão Höwedes, sabe-se lá porque, ganha várias oportunidades na posição, tendo jogado mal em 90% das vezes. Marco Höger, jogador que mais se deu bem na lateral, só joga lá quando Stevens precisa, porque só o coloca no meio campo.

Na defesa, faltam opções confiáveis. O mesmo Höwedes não joga na zaga, quando poderia ser muito útil por lá. Metzelder, que daria um toque de experiência ao time, vive contundido. Joel Matip é muito instável e Papadopoulos é mediano – é decisivo nas subidas ao ataque, mas gosta de abrir a caixa de ferramentas na defesa.

No meio-campo, Stevens usa o instável Matip na cabeça-de-área, porém, não tem idéia de quem ocupar nas demais posições. Holtby e Jurado podem jogar ao lado do camaronês, mas ambos são muito irregulares. Höger também joga lá, mas como foi dito acima, ele se dá melhor na lateral. Na faixa direita, joga Farfán. Mesmo eu achando que ele não joga tudo que se fala, o peruano é importante pro time azul real e cumpre bem sua função na faixa direita. Mas na esquerda? Quem joga? Draxler? Obasi?

No ataque é inquestionável, jogam Raúl – esse mais recuado, quase como um armador – e Huntelaar, mas para substituí-los, Stevens parece confiar mais no mediano – estou sendo bonzinho – Ciprian Marica do que no jovem Teemus Pukki, que nas oportunidades que recebeu, foi muito bem.

Nesse tapinha de pé direito, Ribéry fez um dos gols do Bayern (Reuters)

Vamos falar a verdade: Huub Stevens não faz essas mexidas achando que a rodagem no elenco faz bem, ele simplesmente não tem idéia de quem jogar! São essas dúvidas que vão minando o Schalke da luta pelo título. Os Azuis Reais só venceram o Gladbach dos três times que estão acima, mesmo assim, no 2º turno tomou uma porrada dos Potros. O Schalke perdeu as duas partidas pro Bayern e saiu derrotado do Signal Iduna Park no duelo contra o Dortmund.

Ao que pese o reajuste do Freiburg com Christian Streich – o time tem mais conjunto sem Cissé -, a partida do sábado parece ter selado o destino do Schalke na Bundesliga. 11 pontos atrás do líder Dortmund, com problemas pra vencer jogos grandes e com um técnico que não tem idéia do que está fazendo, os Azuis Reais passam a se preocupar com a manutenção da vaga na Champions League!

TÓPICOS DA RODADA

>O Borussia Dortmund bateu o Mainz por 2×1 e disparou na liderança, com 7 pontos de vantagem pro Bayern. Foi a oitava vitória seguida do BVB, feito inédito na história do clube na Bundesliga;

>O Bayern perdeu mais uma, 2×0 diante do Leverkusen. Robin Dutt, outrora chamado por mim de medroso, foi muito corajoso neste duelo, ao deslocar Castro para a lateral-direita e jogar com dois centro-avantes na etapa final;

>Müller, que já havia discutido com Holger Badstuber nos vestiários, após o duelo contra o Basel na Champions League, bateu boca com Jêrome Boateng no meio da primeira etapa no jogo de ontem;

>Essa foi mais uma prova de que é hipocrisia jogar a culpa do mau momento bávaro na ausência de Schweinsteiger. O Bayern jogou novembro e dezembro sem ele e foi muito bem. Não custa reforçar que Schweini voltou jogando mal. Foram poucos jogos, é verdade, mas estava em péssima forma técnica. Esse time do Bayern é rachado! Já era desde os tempos de van Gaal e agora com esta má fase, só ficou mais escancarado ainda;

>O Hamburgo pegou uma síndrome contrária a do rival regional, Werder Bremen. Os Verdes são leões em casa e gatinhos mansos fora. O HSV é o inverso e reforçou isto nesta rodada. Derrota por 4×0 diante do Stuttgart e já são cinco jogos sem vencer em casa. O Hamburgo sofreu 14 gols em 5 jogos jogando na Nordbank-Arena;

>Em compensação, o HSV não perde fora desde setembro;

>Segundo jogo seguido sem Herrmann, segundo tropeço. Incrível como o Gladbach sente falta dele! Os Potros ficam sem velocidade alguma. A derrota foi diante do Nüremberg;

>Pobre é Lucien Favre, que além de ter pouquíssimas opções no banco, ainda vê Reus, Arango e Hanke atuando de forma ridícula;

>O Kaiserslautern ficou no 0x0 com o Wolfsburg e chegou ao 14º jogo sem vitórias! O time ocupa a lanterna e Marco Kurz começa a ter seu emprego ameaçado;