TOP 7 – Momentos chave das oitavas-de-final

Barcelona, Bayern, Borussia Dortmund, Galatasaray, Juventus, Málaga, Paris Saint-Germain, Real Madrid são os grandes vencedores da fase de oitavas-de-final da UEFA Champions League. Os oito times citados estarão envolvidos no sorteio da sexta-feira que irá encadear os caminhos de cada um na próxima fase da competição.

Para valorizar cada feito, o Europa Football selecionou sete momentos chave das oitavas-de-final. Confira:

7 – O gol de Claudio Marchisio

Celtic x Juventus em Glasgow foi uma partida interessante de assistir. Os italianos foram eficazes e converteram em gol um terço de suas finalizações, enquanto os escoceses finalizaram 17 vezes e não balançaram as redes. Mas a partida em si foi tensa, afinal, o Celtic usou e abusou da bola aérea e do jogo físico, causando alguns apuros para a Vecchia Senhora.

Só que aos 33 minutos da etapa complementar, o meia juventino Claudio Marchisio fez belo gol e deixou a partida em 2×0. O tento italiano derrubou o Celtic que não teve mais forças para atacar e ainda sofreu o terceiro gol. Marchisio acabou trazendo toda tranquilidade que a Juve necessitaria para o restante do jogo, que com 1×0 seria tenso, e para a partida de volta em Turim.

6 – Primeiro tempo

Em Londres, o Bayern se sentiu em casa(Getty Images)

Em Londres, o Bayern se sentiu em casa
(Getty Images)

Tanto Bayern quanto Paris Saint-Germain passaram sufoco em seus jogos em casa para garantirem acesso as quartas-de-final da Liga dos Campeões. O que foi preponderante para a afirmação da vaga de ambos, porém, foi o primeiro dos quatro tempos disputados nos dois jogos.

Os bávaros massacraram o Arsenal no Emirates Stadium e levaram o 2×0 para o intervalo, complicando a missão inglesa. O placar final foi 3×1 para o Bayern, o que deu uma margem para uma – exagerada – acomodação no duelo de volta, vencido pelos Gunners por 2×0, mas que valeu a qualificação alemã.

Já o Paris Saint-Germain fez primeiro tempo primoroso contra o Valencia no Mestalla e, assim como o Bayern, foi para os vestiários com dois gols de vantagem e com a sensação de que poderia ter sido melhor. O 2×1 apontado ao término do jogo possibilitou ao PSG o empate obtido no duelo de volta, que lhe garantiu nas quartas-de-final.

Isso só aumenta minha teoria de que o jogo mais importante de um mata-mata é o de ida, pois é onde o confronto está aberto e seu time pode abrir vantagem. Paris Saint-Germain e Valencia aproveitaram bem esse fator, diferentemente do Porto…

5 – Antigas convicções deixadas de lado

Terim cumprimenta suas duas principais estrelas

Terim cumprimenta suas duas principais estrelas

Mircea Lucescu e Fatih Terim, técnicos de Shakhtar Donetsk e Galatasaray, respectivamente, foram duas figuras que abriram mão de suas convicções nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Como o futebol não é uma ciência exata, ucranianos e turcos seguiram caminhos contrários.

O Shakhtar era um time caracterizado por um jogo imponente, de marcação por todo o campo e constante avanço de “homens surpresas”, como Fernandinho e Srna, porém, no duelo de volta contra o Borussia Dortmund, mesmo precisando do gol, os ucranianos decidiram esperar a equipe alemã na defesa e caíram do cavalo. O Shakhtar foi para o intervalo com 2×0 de desvantagem. No 2º tempo, com menos de cinco minutos, o time de Lucescu, mais ousado, fez mais do que toda etapa inicial, mas já era tarde e a eliminação não foi evitada.

Já Fatih Terim, mesmo com Didier Drogba e Wesley Sneijder reforçando seu time, não abriu mão de seu 4-4-2, mesmo deslocando o holandês para o lado esquerdo. Ao ver que o sistema tático não estava funcionando, Terim escalou seu time no 4-3-1-2 na volta contra o Schalke em Gelsenkirchen. Sneijder, outrora sumido, teve atuação destacável como armador e foi um dos responsáveis, ao lado de Yilmaz e Terim, pela classificação turca.

4 – Olho neles

Isco ajudou o Málaga na virada sobre o Porto(Getty Images)

Isco ajudou o Málaga na virada sobre o Porto
(Getty Images)

Durante a fase de grupos da competição, dois jogadores chamaram a atenção sem estar nos times considerados favoritos: Isco do Málaga e Burak Yilmaz do Galatasaray. Na fase de mata-mata, onde seria normal que sentissem a pressão de serem os grandes nomes de seus times, corresponderam à altura.

O espanhol Isco participou dos dois gols do Málaga na vitória sobre o Porto que lhe garantiu na fase seguinte do torneio. O meia abriu o placar com um belo chute de fora da área e deu o passe para Santa Cruz anotar o tento de qualificação. Já Yilmaz manteve a escrita de marcar desde a terceira rodada da fase de grupos e balançou as redes nos dois duelos contra o Schalke, acumulando oito dos onze gols do Galatasaray e lhe deixando com a artilharia da Liga dos Campeões ao lado de Cristiano Ronaldo.

3 – A expulsão de Nani

A partida entre Manchester United e Real Madrid ganhava contornos dramáticos. Os ingleses venciam por 1×0 e garantiam a classificação, enquanto os espanhóis precisavam do empate para forçar a prorrogação. Parecia que teríamos um restante de partida movimentado e tenso, porém, o árbitro chamou a atenção para si.

Aos 11 minutos da etapa final, após bola rebatida da entrada da área do Manchester, Nani estava soberano e tentou dominar com o pé no ar. Observando apenas a bola, o português não viu a chegada de Arbeloa e atingiu o adversário. Lance acidental, talvez para cartão amarelo, mas o rigoroso Cüneyt Çakir decidiu expulsar Nani.

A exclusão do jogador português mudou os rumos da partida. O Manchester, que já marcava mais do que atacava, teve de recuar por completo, enquanto o Real Madrid se mandou para o ataque e conseguiu o resultado que desejava, a virada. Parte da classificação deve ser colocada na conta de Çakir e na expulsão de Nani.

2 – Bola na trave de Niang

A tônica de Barcelona x Milan no Camp Nou era previsível: catalães no ataque e italianos se defendendo, esperando uma mísera chance para marcar o gol que complicaria a vida do adversário. Com o Barcelona vencendo pela placar mínimo, o que ainda era favorável ao Milan, veio a grande chance aos 37 minutos da etapa inicial. Após falha de Mascherano, o jovem M’Baye Niang escapou com liberdade e ficou cara-a-cara com Victor Valdés. O francês de 18 anos sentiu a pressão e acertou a trave. Foi a grande chance do Milan na partida toda. Para piorar, menos de dois minutos depois, Messi fez o segundo gol do Barcelona e deu sequência a goleada catalã.

O possível gol de Niang daria ares dramáticos a partida, afinal de contas, o empate milanista obrigaria o adversário a fazer três gols para se classificar para fase seguinte.

1 – Fazendo jus ao nome

Messi abriu caminho para a virada do Barcelona(Getty Images)

Messi abriu caminho para a virada do Barcelona
(Getty Images)

Cristiano Ronaldo e Messi são, indiscutivelmente, os melhores jogadores da atualidade. Na fase de oitavas-de-final do torneio eles fizeram jus a tal status e ajudaram a dupla Barça-Madrid a conquistar a classificação.

O gajo português evitou a derrota madridista na ida ao marcar um gol de cabeça semelhante ao feito na final da competição em 2008, quando defendia justamente o Manchester United. No duelo de volta, em Old Trafford, Cristiano Ronaldo, mais apagado que o normal, apareceu na hora certa e anotou o segundo tento do Real Madrid, classificando seu time para a próxima fase.

Enquanto isso, seu “rival” Messi, após nem aparecer na ida em San Siro, foi um dos grandes responsáveis pela virada no duelo de volta, quando fez os dois primeiros gols do Barcelona na goleada por 4×0 sobre o Milan.

Não bastou ter o status, mas eles fizeram justiça a tal alcunha.

Guerra sem causa não tem vencedor

Pachecos x Eurocêntricos: uma guerra forçada

As comparações entre o futebol praticado no Brasil e no exterior estão longe de encontrar o limite. Diria até mais: o auge dessas discussões só irá chegar em uma nova era, com outras pessoas, novos modos de pensar e analisar tudo que nos rodeia, ultrapassando, inclusive, o âmbito futebolístico. Com a atual perspectiva, na qual me incluo, qualquer conversação comparativa será vazia e sem nexo. Possivelmente, os parágrafos a seguir se incluam nessa visão e nada acrescente a você, meu caro leitor.

O fato é que está cada vez mais rotineiro ver alguém perder a cabeça por ouvir que “o futebol brasileiro está no nível do europeu” ou que “Messi já superou Pelé”. Todas essas discussões não vão a lugar nenhum por serem questões de opinião e em toda questão opinativa, verdade absoluta não haverá, mas existirão diferentes pontos de pensamentos e visões. Umas mais distorcidas do que outras, mas que não deixam de ser opiniões.

Entre os paralelos dos dois continentes, o que mais têm me chateado são os momentos oportunos que fazem com que alguém rebaixe o “adversário”. Não pode ter uma invasão de campo ou uma falha técnica em um estádio europeu para que os “pachecos” não tomem a fala e já digam, de forma irônica, que “na Europa é lindo, aqui é vergonha”. Assim como os “eurocêntricos” parecem ter alguma espécie de alergia com o futebol nacional e sempre relacionem os campeonatos disputados por aqui a várzea.

Aliás, essas relações esdrúxulas que “surgem” entre os países me incomoda demais. Precisa lembrar que tal coisa acontece ou não acontece no Brasil enquanto assisto a um jogo do Campeonato Inglês e vice-versa? Se estou acompanhando uma partida na Inglaterra, dou a entender que quero saber sobre o campeonato deles e somente informações realmente relevantes de outros campeonatos vão me interessar. Saber que a arbitragem britânica também erra ou que no Brasil se dribla mais é completamente irrelevante pro contexto do momento.

Engraçado também como são poucos que tratam os “adversários” com respeito. O exemplo mais clássico está na lista dos concorrentes à melhor do mundo da FIFA com a France Football. Os “pachecos” clamam por presenças nacionais e rebaixam todo e qualquer jogador estrangeiro que não seja Messi ou Cristiano Ronaldo, como se não tivessem capacidade de chegar a tal status. Os “eurocêntricos” rebatem com ofensas atrás de ofensas, novamente relacionando o futebol jogado aqui com a várzea.

Os “pachecos”, porém, caem por terra em seus argumentos ao encherem de elogios jogadores como Falcao García, Kun Agüero e Edinson Cavani. Logo, dão a entender, corretamente, que os melhores atletas de nosso continente estão na Europa. É por essas e outras que o futebol praticado no Velho Continente é o melhor do planeta. É até uma ligação lógica, pois os atletas europeus de maior qualidade não saem de lá e os clubes tem banca pra trazer os melhores sul-americanos, asiáticos e africanos. As exceções são raríssimas, Neymar é uma delas, talvez a única, ou você acredita que tenha um Samuel Eto’o arrebentando na África e que seu clube consiga segurá-lo? Ou que exista um novo Shinji Kagawa no Japão que está tão acima dos demais atletas asiáticos que se ele permanecer mais dois ou três anos por lá irá estagnar na carreira, como fatalmente acontecerá com Neymar? Não tem! É exceção! Na América do Sul, não há uma alma que se aproxime da qualidade de Neymar, é nítido e até as exigentes FIFA e France Football notaram e colocaram o rapaz na lista de melhores do mundo.

Por Neymar estar tão acima dos demais jogadores, quer dizer que não temos bons jogos por aqui? Não! Muitos pensam que sim, mas essa parte tem o famoso “complexo vira-lata”. Eu, por exemplo, acompanho mais o futebol europeu do que o nacional, nunca neguei que troco jogos do Brasileirão por partidas do “Francesão”, mas também não escondo para ninguém que a partida Atlético Mineiro 3×2 Fluminense foi uma das melhores que vi em muitos anos.

Tento me manter o mais flexível possível, afinal de contas, só é possível fazer uma crítica decente sobre determinado assunto se você o conhece e o compreende por sua própria visão, sem a mensagem muitas vezes distorcida que uns e outros passam. Mantenho a posição de que o futebol europeu é melhor e que Messi tem capacidade de superar Pelé – selecionando dois temas que estão em constante debate -, mas mantenho o respeito pela história vencedora e pelas raízes que o futebol brasileiro criou, que mesmo tendo se enfraquecido com o passar dos anos, ainda consegue render bons frutos aos amantes do esporte bretão.

A principal dificuldade é isso entrar na cabeça da maioria das pessoas. Ainda chegará o dia em que entenderei essa obsessão terminal de querer que algo ou alguém de culturas e vivências distantes seja melhor que outro. Se isso já acontece na música, onde uma banda de rock é comparada a um grupo de pagode, imagina no futebol, onde milhares de paixões estão envolvidas? Às vezes penso se essa civilidade não entra em nossas cabeças por debilitação mental ou por desinteresse mesmo…

E por fim, essa discussão ultrapassa os limites do gramado e das salas da diretoria dos clubes e chega na sociedade, porque essa mania extremamente fútil e mesquinha existe em todos os âmbitos de nossa vida. Mesmo jovem, já convivi com diversos tipos de pessoas, de crianças que querem chegar primeiro na sala de aula a adultos que ameaçam famílias de políticos para que outro candidato saia vencedor em uma eleição.

Nessas horas, gostaria de conhecer mais o mundo, viver novas culturas e tirar a conclusão se esta abusiva mania é só dos brasileiros ou se o problema é mundial. Ao mesmo tempo, bate o medo de conhecer o mundo e perceber que essa mania é exclusivamente nossa. Como que explicarei a um estrangeiro que nós, brasileiros, somos tão mesquinhos a ponto de ter de rebaixar algo bom por acreditar que sempre tem de existir outro melhor e soberano? A imagem de povo acolhedor, feliz e simpático que ele provavelmente tem, irá ralo abaixo.

Mas voltando ao futebol, fica complicado imaginar o porquê de sempre haver alguém para encontrar defeitos. Ora bolas, quando vândalos brigam nos estádios não há o papinho de que “é um esporte, é sadio, não dá pra levar a sério”? Então por que não apreciar tudo? Honestamente, faltar com respeito e ignorar o que é produzido em outros países é tão ridículo quanto brigar com uma pessoa por torcer pro time rival, chega a ser xenofobia e completo complexo de vira-lata. Será que é tão difícil gostar do movimentado futebol alemão e do descaracterizado futebol brasileiro – sim, nosso futebol perdeu as características que tinha no passado – ao mesmo tempo? Afinal, é um esporte, é sadio, não?

E é assim que vamos cavando nosso interminável buraco no mundo para nunca mais sair. Se não podemos simplesmente respeitar, entender e analisar com coesão algo que nos faz bem e nos traz emoção a cada fim de semana, imagina assuntos mais sérios…

Começou como terminou

Texto de: Romário Henderson

Em jogo épico, Barça conquista a Supercopa espanhola

Na Espanha, embora a liga nacional não tenha iniciado, a temporada já foi aberta com o superclasico Barça-Madrid. Para variar, a temporada para os espanhóis começou como havia terminado: Barcelona campeão. O jogo foi válido pela Supercopa da Espanha, que reúne o campeão nacional contra o campeão da Copa do Rei.

No jogo decisivo, no Camp Nou, pudemos acompanhar o que cada equipe pode fazer na temporada. O Barcelona, melhor time do mundo, impondo seu estilo pra lá de invejável, no “toque me voy”, abrindo espaços e contando com um jogador que, é o único na atualidade, em minha visão, capaz de decidir uma partida sozinho, no sentido de fazer uma jogada individual driblando alguns adversários e marcando o gol ou deixando um companheiro próximo disso: Lionel Messi.

Como parar o Barça? Há estratégia para tal? Muito difícil. O fato é que José Mourinho conseguiu diminuir a diferença dos catalães que, outrora, era abissal. Mourinho resolveu mandar seus jogadores se comportarem sem a bola como faz o Barça, marcando na frente, sob pressão, diminuindo os espaços, forçando o erro de passe, com, aproximadamente, sete jogadores no campo de ataque. E conseguiu em muitas oportunidades retomar a bola.

A vantagem catalã diminuiu significativamente, mesmo assim, ainda não foi suficiente para vencer seus arquirivais. Jogadores como Di Maria e Ozil precisam aparecer mais no jogo, chamando a responsabilidade, tomando as rédeas das jogadas madridistas, e não se esconderem como fizeram vergonhosamente neste duelo. Mourinho parece não acreditar em Kaká, já que o colocou apenas aos 32 da etapa final, na vaga do inoperante e reticente Mesut Ozil.

Vejo uma vez mais o Barcelona forte. Aliás, ainda mais forte do que na temporada passada, já que tem, por exemplo, opções como Thiago Alcântara – mais maduro -, Fábregas e Alexis Sanchéz. Já o Real Madrid também é muito forte, fez uma ótima pré-temporada, e, claro, brigará com afinco nas competições. Mas, hoje, ainda é inferior ao Barcelona. Na verdade, quem não é?

Malouda salvou os Blues

Chelsea robótico–> Impressionante a postura do Chelsea no primeiro tempo contra o possante West Bromwich, em Stamford Bridge. A equipe londrina tomou o primeiro gol, no erro individual e inadmissível do brasileiro Alex, e depois mostrou-se previsível em suas jogadas. Vi um Chelsea travado taticamente, sem a mínima movimentação, com lentidão na saída de bola e uma falta de criatividade inaceitável. Villas-Boas precisa fazer esta equipe variar taticamente, escalar corretamente, até porque deixar Didier Drogba no banco é um erro de técnico iniciante e incompetente, coisa que não condiz com as façanhas conseguidas pelo luso na última temporada no comando do FC Porto.

Rolo compressor–> Como amante do futebol europeu, assisti ao jogo do Bayern, na Allianz-Arena, contra o Hamburgo, e vi uma postura extremamente agressiva dos bávaros. É óbvio que o Hamburgo é uma equipe frágil, pelo menos no início da Bundesliga, mas a imposição do Bayern, com Robben de um lado e Ribery do outro, com jogadas velozes e voluntariosas chamam a atenção, além da presença de área de Mario Gomez, a habilidade e chegada de Thomas Muller, além, evidentemente, do administrador de meio-campo: Bastian Schweinsteiger. Belíssimo jogador. Bávaros bem montados, bem treinados, com um repertório de jogadas vasto, coletivamente funcionam com eficácia e individualmente conta com atletas acima da média.