A janela de transferências se fechou e só negociações internas podem acontecer. Mas como a janela barulhenta acabou de se fechar, farei um balanço dos principais negócios, pros internautas não só saberem o que rolou, mas saberem também a minha opinião sobre algumas transações.
Começando pela Alemanha!

Torcedor dá as boas vindas a Neuer
O time que mais gastou foi o Bayern de Munich. Os bávaros investiram uma singela bagatela de 44 milhões de euros. O jogador mais caro e mais batalhado pelo clube foi Manuel Neuer. O ex-arqueiro do Schalke chegou por 22 milhões de euros. O Bayern também batalhou para trazer Jêrome Boateng. O Manchester City insistiu em não liberar, mas após ver os 13 milhões de euros, decidiu vender.
Ainda chegaram na Baviera, Nils Petersen, Rafinha e Usami. Deixaram o clube de graça Kraft e Ottl, que foram pro Hertha, Altintop, pro Real Madrid e Klose, que foi pra Lazio. Ekici foi o único que encheu os cofres bávaros. O Bremen pagou 5 milhões de euros pelo atleta.
O Bayern investiu pesado. Muita grana em um goleiraço como Neuer, mas talvez exagerada em um zagueiro de nível duvidoso como Boateng. Mas claramente o investimento bávaro chega pra corrigir a defesa, que foi o ponto falho na última temporada.
Outra equipe que manteve o costume de gastar bastante foi o Wolfsburg. Os Lobos gastaram bem menos que o Bayern, “só” 21 milhões e diferentemente do time bávaro, não focou em um ajuste em determinada posição, mas fez sim uma enorme lista de contratações para várias posições.

Os Lobos pagaram 9 milhões por Träsch
Começando pela defesa, onde chega do rebaixado Frankfurt Marco Russ e o brasileiro Chris, Träsch vem do Stuttgart – negócio mais caro do Wolfsburg, 9 milhões – Kyrgiakos do Liverpool e Cale do Trabzonspor. Pro meio campo, vem Ochs do Frankfurt, Klich do MKS Cracóvia, Salihamidzic da Juventus, Hitzlsperger do West Ham e Hleb do Barcelona – os últimos três voltam ao futebol alemão. Pro ataque, vem do Kaiserslautern, Srdjan Lakic e Jönsson do Helsingborg.
Jogadores acostumados a jogar pelo time titular do Wolfsburg acabaram deixando o clube. Grafite foi vendido pro Al-Ahli, Riether pro Colônia, enquanto Kjaer, Diego e Pekarik foram emprestados para Roma, Atlético de Madrid e Kayserispor, respectivamente. Ainda deixam o clube Fabian Johnson, Ziani, Ben Khalifa, Gogia e Tuncay.
Como pode-se notar, há uma gastança desenfreada nos Lobos. Vem jogadores para todas as posições, não há, como no Bayern, um critério definido para os reforços. Talvez até alguns desses reforços não irão jogar. O Wolfsburg é mais um caso de time que tem dinheiro, mas parece não saber gastar.
Nos dois primeiros colocados da última temporada da Bundesliga, apenas alguns ajustes.

Bakalorz, Gundogan, Leitner, Löwe e Perisic prontos pra nova batalha
No Dortmund, veio Gundogan pro lugar de Nuri Sahin – grande perda do BVB -, vendido ao Real Madrid. Löwe chegou para ser o reserva imediato de Schmelzer, enquanto o artilheiro da última Liga Belga, Perisic, surge como um bom reserva ofensivo. No Leverkusen, Toprak chegou para coordenar a problemática defesa. Bernard Leno vem para ser o substituto de Adler, que anda se contundindo demais. Sem falar de Schürrle, que está contratado desde a temporada passada e chegou para ser titular.
Acima, já havia falado da grande perda do Dortmund, falta a do Leverkusen, que curiosamente também é na posição de volante. Arturo Vidal, que foi tantas vezes especulado no Bayern e que obrigou o presidente do Leverkusen, Wolfgang Holzhäuser a repetir dezenas de vezes que pro time bávaro ele não iria, acabou indo para a Juventus.
Só pra constar, BVB e Leverkusen, juntos, gastaram 21 milhões de euros, a mesma quantia gasta pelo Wolfsburg…

Afundando o Hamburgo, seu Arnesen?
Outra equipe que fez barulho na Alemanha durante a janela de transferências foi o Hamburgo, com Frank Arnesen como novo diretor de esportes. O dinamarquês trabalhou de 2005 até 2009 no Chelsea. Resultado disso: 5 jogadores dos Blues vieram parar no HSV. São eles: Töre, Bruma, Sala, Mancienne e Rajkovic.
Além dos desconhecidos Skjelbred e Neuhaus, o Hamburgo trouxe do Kaiserslautern o meia Ivo Ilicevic. Por ter se destacado no Lautern, a sua contratação parece ser mais segura que a garotada vinda do Chelsea.
O balanço hamburguês é meio negativo. Muitos negócios duvidosos!
BOLA DENTRO (CONTRATAÇÕES)
– O Hannover trouxe de graça Christian Pander, ex-Schalke. Pode jogar tanto na meia esquerda quanto na lateral do mesmo lado. Bom jogador e que já teve passagens pela Seleção Alemã. O Hannover, que já tem um time muito bem armado por Mirko Slomka, começa a armar um elenco forte também;
– Por empréstimo do Schalke, Mario Gavranovic chegou no Mainz. Suíço bom de bola. Boa pro garoto, que ganha experiência e bom pro clube do sudoeste alemão, que ganha um bom jogador e o principal, um jovem, sempre lembrando que Thomas Tüchel se dá bem que essa “espécie” de jogador;

Wolf chega pra ser o cherife do meio campo Verde
– O Werder Bremen tirou do Nüremberg o jogador Andreas Wolf. Marcador e polivalente, que pode atuar como volante e como zagueiro. Destaque pra seu espírito de liderança, que pode mudar o ânimo da equipe que não anda dos melhores;
– Duas bolas dentro do Schalke: Ralf Fährmann e Christian Füchs. O goleiro mostrou pelo Eintracht Frankfurt que tem futuro e pode sim ser o substituto de Neuer. Já o lateral-esquerdo se destacou muito no Mainz, principalmente nas assistências. Somente Fuchs “obrigou” o Schalke a gastar alguma coisa. Foram quase 4 milhões de euros;
– O Hertha Berlin também deu duas bolas dentro: Tunay Torun e Ânis Ben-Hatira. Ambos são jovens promissores e tem muito a evoluir do time berlinense;
BOLA DENTRO (SAÍDAS)
– Antes de tudo: falarei só dos jogadores que foram vendidos. Há muitos que ficaram sem contrato e se transferiram pra outra equipe. Esses não contam.
– Muitas do Hamburgo. Vamos por tópicos:
– Alex Silva, Flamengo: Nunca rendeu no Hamburgo. Sai sem deixar saudades.
– Pitroipa, Rennes: Fraquíssimo. Só corre. Não sabe passar, muito menos finalizar
– Rozehnal, Lille: Perdeu espaço no HSV
– Mathjisen, Málaga: Declinou demais. A zaga precisava ser renovada.
– Eljero Elia, Juventus: Mais uma enganação do mundo futebolístico.
– Três do Schalke: Hao Junmin, que chegou pra ser uma espécie de revide a Kagawa no Dortmund, mas pouco jogou; Lukasz Schmitz, que fez péssima temporada e precisava mudar de ares; Anthony Annan, sabe-sa lá como foi parar no Schalke;
BOLA FORA (CONTRATAÇÕES)
– O Colônia trouxe Henrique Sereno. Um verdadeiro Zé-Ninguém que estava no Porto. Quer fugir da degola como?
– Sokratis Papasthoopoulos veio pro Bremen pra ajudar a estabilizar a defesa do time de Thomas Schaaf. Mas entre Prödl, Naldo e o grego, prefiro os dois primeiros, sem pestanejar;
– O Schalke não deu só bola dentro nas contratações, mas errou ao trazer o limitado Marica. Pelo menos trouxeram pra ser reserva…;
BOLA FORA (SAÍDAS)
– O Leverkusen não tem um vasto número de atacantes e acabou (novamente) emprestando um jogador que poderia ser aproveitado no time principal: Zvonko Pamic, que se destaca nas seleções de base da Croácia. Ele jogará no Duisburg;
– O Stuttgart optou por emprestar o garoto Patrick Funk ao St. Pauli. Vi poucos jogos dele na última temporada, mas gostei mesmo assim. Acho que poderia disputar posição com o atual titular da lateral-direita, Boulahrouz;
– O Wolfsburg sofre tantos problemas na lateral direita e o jogador a ser vendido foi justamente Sascha Riether, atleta da posição. Não venderia, principalmente pro Colônia, que está abaixo dos Lobos.
– Sem oportunidades, Idrissou trocou o Monchengladbach pelo Eintracht Frankfurt. Pro atacante camaronês, é bom, jogará mais. Mas pros Potros nem tanto. O elenco não é dos melhores e pra este blogueiro, Idrissou é melhor que Hanke e Bobadilla, que pro técnico Lucien Favre estão à frente do camaronês;
Está fechado o primeiro balanço das transferências. Nos próximos dias, darei sequencia a análise.
Até a próxima!