Os “caras” de 2014 no futebol francês

Em troca de ano é normal que, em vários setores da sociedade, todas as ações realizadas durante os últimos 12 meses sejam revistas e avaliadas. No blog, como não tive a mesma disponibilidade de tempo como em outras épocas, não daria pra fazer um apanhado com os melhores posts, mas ainda assim dá para fazer um balanço de 2014.

Como o Europa Football tem um foco maior no futebol francês, até mesmo pelo Le Podcast du Foot, decidi levantar os nomes que foram destaque na terra dos vinhos no último ano. Seria uma lista de cinco nomes, mas enquanto vasculhava mais e conversava com alguns colegas, fui encontrando outros personagens e fechei o ranking com os dez “caras” do futebol francês em 2014.

Sem mais enrolações, vamos a eles:

 10 – Didier Deschamps

Foto: AFP

Foto: AFP

A participação mais digna da França em uma Copa do Mundo neste século foi em 2014, mesmo tendo sido eliminada nas quartas-de-final. Em 2002, caiu na primeira fase, especialmente abalada pela lesão de Zinedine Zidane as vésperas da estreia; em 2006 até ficou com o vice-campeonato, mas as eternas polêmicas do técnico Raymond Domenech chamavam a atenção (lembrando que Ludovic Giuly, em alta no Barcelona, não foi convocado. Segundo o atleta, não foi chamado porque teve um caso com a esposa de Domenech), além da expulsão de Zizou na final por dar uma cabeçada em Marco Materazzi, da Itália; em 2010, o maior vexame de todos na África do Sul, com boicote do elenco e tudo mais. No Mundial do Brasil isso foi diferente e tudo passou pela disciplina do técnico Didier Deschamps.

Com uma equipe bem armada e com atletas mais comprometidos, a França de DD terminou 2014 com apenas uma derrota (o 1×0 diante da Alemanha, que tirou os Bleus do Mundial). Foram 15 partidas, dez vitórias, quatro empates e uma derrota – 75,5% de aproveitamento.

Deschamps teve um ano pra lá de proveitoso após passar maus bocados no Marseille nos últimos anos. Ter feito à França sair da Copa do Mundo com dignidade após muito tempo já foi uma grande credencial para entrar em nossa lista.

9 – Lucas

Foto: C. Gavelle - PSG Officiel

Foto: C. Gavelle – PSG Officiel

O atacante Lucas, do Paris Saint-Germain, talvez não guarde 2014 como um de seus grandes anos, especialmente porque ficou fora do grupo que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo, mas na França ele não tem do que reclamar. Após 2013 penoso, onde teve imensas dificuldades em se adaptar ao 4-4-2 britânico de Carlo Ancelotti, o menino dos 40 milhões de euros se acertou em 2014 e é um dos principais nomes do milionário PSG de Laurent Blanc.

Lucas encerrou o ano tendo participado de 54 jogos, sendo 36 como titular, anotando oito gols e nove assistências. Nesta temporada, o camisa 7 parisiense participou de 26 jogos e esteve no 11 inicial em 21 oportunidades.

Este ano ainda, o brasileiro terminou em terceiro no ranking de assistências da última temporada da Ligue 1 com dez passes para gol. O bom desempenho em Paris o levou de volta para a seleção brasileira com o técnico Dunga e o deixou como o nono lugar em nosso ranking.

8 – Alexandre Lacazette

Foto: S. Guiochon - Le Progrès

Foto: S. Guiochon – Le Progrès

Clément Grenier? Yohan Gourcuff? Não, quem responde como principal nome do Olympique Lyonnais em 2014 é Alexandre Lacazette. Apenas no primeiro turno da Ligue 1 na atual temporada, o atacante de 23 anos foi responsável por 55% dos gols do time – 17 gols e cinco assistências.

Lacazette encerrou o ano com 23 gols em 38 jogos. Foram 3108 minutos em campo, o que lhe deu uma média de um gol a cada 135 minutos, ou seja, um tento a cada um jogo e meio. O atacante do Lyon terminou a primeira metade da temporada como artilheiro da Ligue 1 e terceiro colocado no ranking de assistências.

Na edição anterior do Francesão, ele já havia sido o goleador do OL com 15 gols, sendo o sétimo na tábua geral. Os espantosos números o colocam, justamente, em nosso ranking.

7 – Franck Ribéry

Foto: Splash News/AKM-GSI

Foto: Splash News/AKM-GSI

Franck Ribéry é o único jogador que entra nessa lista mais no aspecto negativo do que positivo. Indispensável para a seleção francesa que viria ao Brasil para a disputa da Copa do Mundo, o meia-atacante do Bayern de Munique teve um problema nas costas no fim da última temporada e não participou dos amistosos de preparação, sendo cortado posteriormente.

Até aí tudo bem, não é mesmo? Problemas assim acontecem em todas as Copas do Mundo. Mas aí vieram as controversas férias de Ribéry em Ibiza, na Espanha. Enquanto a França disputava o Mundial, o atleta do Bayern dava saltos ornamentais na praia espanhola. Aparentemente, as dores nas costas foram milagrosamente curadas pelos efeitos da Marijuana. Ressalte-se também que, segundo Le Figaro, o atleta foi convidado pela Federação Francesa de Futebol para dar apoio à delegação no Brasil antes do jogo contra a Alemanha, mas teria recusado o convite.

Já era sabido, também, que aquela seria a sua última Copa do Mundo, mas o que poucos esperavam era o anúncio de sua aposentadoria da seleção aos 31 anos, tendo uma Eurocopa na própria França em 2016.

Enfim, a passagem de Ribéry pela seleção francesa acabou de forma controversa. Foram duas Eurocopas, dois mundiais, 81 jogos e 16 gols, o mais importante deles talvez tenha sido o que reproduzo abaixo, contra a Espanha, nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2006.

6 – Zlatan Ibrahimović

Foto: C. Gavelle - PSG Officiel

Foto: C. Gavelle – PSG Officiel

Aos 33 anos, o sueco Zlatan Ibrahimović se sente cada vez mais em casa em Paris e até pensa em encerrar a carreira por lá. Antes disso, o atacante tentará quebrar mais alguns recordes, além dos vários que já quebrou – alguns quebrados este ano.

Com dez gols, Ibra se tornou o maior artilheiro do PSG em uma única edição da Liga dos Campeões. O recorde pode ser ainda maior se fizer dois gols no mata-mata do próximo ano. Isso significaria que ultrapassaria George Weah e se transformaria no maior goleador parisiense em torneios europeus.

O sueco também se tornou o segundo maior goleador da história do Paris em uma única temporada: 30 gols, perdendo apenas para Carlos Bianchi, que fez 37 gols na temporada 1977/1978. Além disso, Ibra foi o principal artilheiro do Campeonato Francês pela segunda temporada seguida, feito que não acontecia desde a 2005/2006 e 2006/2007 com Pedro Miguel Pauleta, também no PSG.

Além disso, Ibrahimović vai subindo cada vez mais no ranking de maiores goleadores do clube. Já são 88 gols, o quinto na tabela geral. Neste último ano, deixou para trás atletas como Safet Susić, Raí e Carlos Bianchi. Enfim, esses recordes que citei foram apenas alguns dos fatores credenciais para o sueco entrar nessa seleta lista.

5 – Lionel Mathis

Foto: Jean-François Monier - AFP

Foto: Jean-François Monier – AFP

O meio-campista Lionel Mathis pode não ser muito conhecido pelo grande público, mas em 2014 conseguiu um grande feito na carreira: foi tetracampeão da Copa da França e sempre jogando por equipes intermediárias ou pequenas. Em 2003 e 2005, foi campeão com o Auxerre e em 2009 ergueu o caneco com o Guingamp, clube o qual voltou a ser vencedor do torneio em 2014.

Feito absolutamente espetacular que o coloca a um título dos maiores vencedores. Os que mais venceram foram Marceau Somerlinck com o Lille (é o atleta que detém o recorde de partidas pelo clube), Dominque Barthenay com Saint-Étienne (três vezes) e PSG (duas) e Alain Roche com o PSG (três) e com o Bordeaux (duas).

Notou que os recordistas foram campeões com clubes grandes? Pois então, Mathis não segue essa linhagem. E ainda obteve um feito maior, sendo campeão em 2009, com o Guingamp, que estava na metade da tabela da segunda divisão, e agora em 2014, com o time na elite. Um símbolo dessa fase de ascensão do time bretão, único representante francês no mata-mata da UEFA Europa League.

4 – Dmitry Rybolovlev

Foto: HNGN

Foto: HNGN

Principal acionista do AS Monaco, o bilionário russo Dmitry Rybolovlev viu – e segue vendo – o sonho de transformar o clube monegasco em uma potência europeia ruir. Os altos investimentos foram deixados de lado e Falcao García e James Rodríguez, principais nomes do projeto, deixaram o clube.

A principal responsável por isso foi a ex-esposa do bilionário, Elena Rybolovlev. Em maio, depois de mais de seis anos de batalhas nos tribunais, o mandatário do Monaco foi condenado a pagar 4,5 bilhões de dólares de divórcio à Elena, um dos divórcios mais caros da história.

Com tamanho prejuízo, Rybolovlev deixou os investimentos no clube em stand by e vê o time distante dos líderes da tabela do Campeonato Francês.

3 – Corinne Diacre

Foto: O. Stéphan - Stade Brestois

Foto: O. Stéphan – Stade Brestois

Aos 40 anos, a ex-jogadora Corinne Diacre topou um desafio e tanto: treinar um time de futebol masculino e decidiu comandar o Clermont na primeira metade de temporada da segunda divisão francesa. Corinne, que defendeu a seleção francesa de futebol feminino por mais de uma década, se tornou a primeira mulher a obter a licença para trabalhar como técnica nas duas primeiras divisões do país.

Um dos principais objetivos de Corinne é manter o clube na Ligue 2, missão que vem cumprindo até o momento. O Clermont encerrou 2014 na 14ª colocação com 20 pontos, três acima da zona de rebaixamento.

Quanto às copas nacionais, entretanto, o time vermelho e azul já deu adeus às duas. Na Copa da Liga, a equipe até eliminou Istres e Chateauroux, mas parou no Caen, da primeira divisão, nas oitavas-de-final. Na Copa da França, eliminação na oitava fase para o Epinal.

Mas pelo simples fato de ter aceitado o desafio de encarar o futebol masculino e ainda estar cumprindo o objetivo de manter o Clermont na segunda divisão, Corinne merece estar em nossa lista.

>> Confira mais da história de Corinne Diacre na matéria especial da Vavel Brasil;

2 – Marcelo Bielsa

Foto: Pascal Pochard Casablanca - AFP

Foto: Pascal Pochard Casablanca – AFP

O Olympique de Marseille gastou bastante na temporada 2013/2014. Ao todo, o OM investiu 42 milhões de euros. Entretanto, o investimento não trouxe resultado e a equipe não conseguiu classificação para nenhum torneio europeu e ainda deixou a Liga dos Campeões na fase de grupos sem nem fazer cócegas nos adversários.

Para mudar o cenário sem precisar mexer muito no bolso, o presidente Vincent Labrune trouxe o técnico Marcelo Bielsa. O argentino pegou o mesmo elenco, mas com o desfalque primordial de Mathieu Valbuena, vendido ao Dínamo de Moscou, e fez uma ótima primeira metade de temporada, terminando 2014 na liderança do Campeonato Francês com 41 pontos, tendo vencido 13 jogos de 19.

Com um futebol ofensivo e vistoso e com personalidade forte (já bateu de frente com o presidente Labrune por não cumprir exigências prometidas e por trazer Dória, jogador que não havia pedido), Bielsa já se tornou ídolo da cidade de Marseille e faz por merecer um lugar no ranking, mesmo estando há apenas seis meses na França.

1 – Karim Benzema

Foto: FFF

Foto: FFF

O atacante Karim Benzema chegou a ficar mais de um ano sem marcar pela seleção francesa entre 2012 e 2013. Foram 16 partidas sem balançar as redes pelos Bleus. Entretanto, 2014 foi o ano de afirmação do atleta do Real Madrid.

Em 13 partidas pela seleção este ano, Benzema fez sete gols, chegando a 25 em sua carreira internacional e ingressando no top-10 artilheiros da história da seleção, ocupando a 9ª posição no ranking. Aliás, aos 27 anos, a tendência é que suba mais na lista e até mesmo ultrapasse Zinedine Zidane, quarto no ranking, que têm 31 gols. Entre os jogadores em atividade, o jogador do Real Madrid é o que tem mais gols.

Benzema também obteve destaque na Copa do Mundo. Com o corte de Franck Ribéry, foi preciso que o camisa 10 francês assumisse a responsabilidade, e o fez com maestria, sendo responsável por três gols e duas assistências. O atacante foi o único jogador de linha da seleção a participar dos 90 minutos dos cinco jogos que fez no Mundial. O outro atleta foi o goleiro Hugo Lloris.

Além desses ótimos números pela seleção, Benzema também acumula bom retrospecto pelo Real Madrid. O francês participou de 51 partidas em 2014 e fez 27 gols, se afirmando como um dos principais nomes da equipe e também ganhando o status – atribuído humildemente pelo blogueiro que vos fala – de jogador francês do ano.

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O que achou? Faltou alguém? Algum nome poderia estar melhor ou pior ranqueado? Ou teve gente que nem merecia ter entrado na lista? Comente abaixo! Vamos debater!

 

Olympique Lyonnais: a boa nova do Campeonato Francês

Foto: Guiochon - Le Progrès

Foto: Guiochon – Le Progrès

Caros irmãos e irmãs, venho por meio desta anunciar a boa nova do Campeonato Francês: o Olympique Lyonnais.

Formalidades paroquiais à parte, o Lyon realmente é a melhor notícia da Ligue 1 nesta primeira metade de temporada, encerrada no último dia 21. Em um campeonato com dois times milionários e com outra equipe que possui um treinador que é referência para, simplesmente, Pep Guardiola, ver o OL apresentando um futebol vistoso, ofensivo e, principalmente, marcado por um bom trabalho de base é o que anima os amantes do bom jogo.

Esse desempenho é notado especialmente quando comparamos números entre um ano e outro. O Lyon teve uma ceia natalina indigesta em 2013, passando as festas de fim de ano no 11º lugar, com apenas seis vitórias em 19 jogos. Além disso, a equipe então comandada por Rémi Garde havia sofrido 27 gols – apenas Ajaccio, Sochaux, Valenciennes (que estavam na zona de rebaixamento e viriam a ser rebaixados) e Evian haviam sofrido mais. Neste ano a história é diferente. Com o promissor Hubert Fournier, ex-Stade de Reims, no comando técnico, Les Gones encerraram o primeiro turno na segunda colocação, afrente do atual bicampeão Paris Saint-Germain. O Lyon têm 39 pontos e tem o melhor ataque da competição com 40 gols.

Evidentemente que boa parte desse desempenho passa pelos pés do atacante Alexandre Lacazette, autor de 17 dos 40 gols e ainda responsável por cinco assistências. Ou seja, o artilheiro da competição participou de impressionantes 55% dos gols do time no campeonato. Números impressionantes que o colocam como um dos grandes nomes da temporada europeia até o momento.

Um detalhe interessante desta marca do atacante é que ele não fez nenhum gol de pé esquerdo. Dos 17 tentos, 15 foram de pé direito e dois foram anotados de cabeça. Confira abaixo os mapas dos gols de Lacazette:

Arte: Squawka

Arte: Squawka

Combinação que dá certo

Falou em franco-argelino no Lyon, logo nos lembramos de Karim Benzema, que vestiu a camisa do OL por cinco temporadas, fez 66 gols e foi campeão francês quatro vezes. A fórmula parece que foi novamente usada e vai tendo sucesso, claro, com suas devidas proporções. Falo do habilidoso Nabil Fekir, meia-atacante de 21 anos.

O franco-argelino foi lançado por Rémi Garde na temporada passada, mas teve números discretíssimos. Apenas 544 minutos em campo na Ligue 1, sendo 11 partidas e apenas seis como titular. Fez um gol e deu duas assistências… Todos registrados no mesmo jogo (vitória por 4×1 sobre o Bastia). Na atual temporada, Fekir já tem mais que o dobro de minutos e tem desempenho além do satisfatório. Foram seis gols e quatro assistências.

Hoje ele é, tranquilamente, um dos principais jogadores do campeonato. E não são só os números que me fazem afirmar isso, mas também o contexto do time. Fekir é meia armador, joga mais centralizado no já calejado 4-3-1-2 do OL. Olhando o elenco, você sabe quem poderia jogar por ali? Clément Grenier e Yoann Gourcuff, só isso. O primeiro ainda nem estreou na temporada, sofrendo com problemas no adutor da coxa, já o segundo atuou em apenas sete jogos, mas foi importante na vitória sobre o Marseille, anotando o gol da vitória.

Sem Grenier e Gourcuff, a pressão recaiu sobre Fekir, que soube driblar bem a carga extra de cobrança (e seus marcadores também) para ser um dos destaques da equipe.

A fortaleza de aço

Foto: Guiochon - Le Progrès

Foto: Guiochon – Le Progrès

Outro fator preponderante para a excelente campanha do Lyon é o desempenho jogando no estádio Gerland. Dos 39 pontos, 27 foram conquistados em casa – 69,2% dos pontos. Como mandante, o OL tem impressionantes 90% de aproveitamento, tendo vencido nove jogos e perdido um nos dez que fez no primeiro turno. Além do mais, 25 dos 40 gols foram marcados em casa, assim como cinco dos 17 sofridos.

Para efeito de comparação, o Lyon somou 31 pontos jogando em casa na temporada passada toda e 37 na anterior! É impossível imaginar que não vá bater esses números. Aliás, o OL venceu oito jogos como mandante na temporada 2013/2014. Já tem uma vitória há mais nesta temporada.

Vale ressaltar que nos sete anos consecutivos em que ergueu o troféu de campeão nacional, o máximo de pontos que o Lyon somou em casa no primeiro turno foi 23, número que certamente anima ainda mais o torcedor mais fanático.

Base

Mas o que mais chama a atenção na ótima campanha do Lyon no Campeonato Francês é o trabalho muito bem feito com as categorias de base. Como frisei algumas vezes no blog e também no podcast, o OL tem sido muito mais um clube formador do que comprador. Isso se reflete na política do clube, que vendeu nos últimos anos Benzema, Michel Bastos, Lisandro Lopez, Hugo Lloris e outros e não repôs com contratações, mas sim com atletas criados no próprio Lyon.

Somente nesta primeira metade de temporada, o técnico Hubert Fournier utilizou 23 jogadores, 14 deles eram formados pelo clube, sendo alguns mais calejados, como Maxime Gonalons, Steed Malbranque, outros em momento de afirmação, como Samuel Umtiti, Alexandre Lacazette e Jordan Ferri e outros expoentes como Nabil Fekir, Clinton N’Jie, Corentin Tolisso e Yassine Benzia. O detalhe é que entre os dez que mais jogaram pelo OL no primeiro turno, apenas o lateral Christophe Jallet e o volante Arnold Mvuemba não são da base.

E vale lembrar que o Lyon investiu somente 3 milhões de euros nesta temporada e em apenas duas contratações: Jallet e Lindsay Rose. Para ter uma ideia, o Rennes, oitavo colocado com 28 pontos, investiu mais de 10 milhões de euros em contratações, mais que o dobro que o OL e tem resultados absolutamente inferiores.

Logo você para pra ver que esse mesmo Lyon dos 3 milhões de euros está na frente do PSG, que gastou quase 50 milhões, e coladinho no Marseille, que investiu 20,5 milhões em contratações. Em uma analogia meio fanfarrona, é a vitória da metodologia agricultora: você planta e colhe – e no futuro vai vender. O presidente Jean-Michel Aulas pode até não sair com o caneco no final da temporada, mas vai poder dizer que sua ideia está dando certo e o Lyon está formando excelentes jogadores. Que essa boa nova permaneça e possamos vê-la se disseminando em outros clubes franceses.

Le Podcast du Foot #46

Foto: PSG.fr - De peixinho, Matuidi deu a vitória ao PSG

Foto: PSG.fr – De peixinho, Matuidi deu a vitória ao PSG

O Paris Saint-Germain é cada vez mais líder no Campeonato Francês. Com o triunfo sobre o Ajaccio na Córsega e os tropeços de Monaco e Lille diante de Montpellier e Stade de Reims (respectivamente), o time da capital abriu cinco pontos na ponta da Ligue 1.

>> Confira a classificação após a 20ª rodada;

Um dos grandes nomes da rodada foi o sueco Zlatan Ibrahimović, que no triunfo parisiense por 2-1, deu passe pros dois gols do PSG. Também estiveram em evidência na França os atletas que estrearam em seus novos clubes, como M’Baye Niang, reforço do Montpellier (e que marcou um gol), e Djibrill Cissé, que chegou prometendo gols ao Bastia.

Com tudo da 20ª rodada, Eduardo Madeira apresenta mais um Le Podcast du Foot. Nesta semana, a edição #46. Os comentários ficaram a cargo de Flávio Botelho e Vinícius Ramos. Ouça o programa abaixo:

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